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Conhecimento, um bem social

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Ângela Maria Paiva Cruz
Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Ao longo dos séculos, as universidades tem sido o espaço principal da construção do conhecimento. Os objetivos, metas e estratégias da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) remetem intrinsecamente à responsabilidade social da universidade contemporânea. Recentemente, tive a oportunidade de explanar, durante a 11º edição do Congresso Internacional de Educação Superior “Universidad 2018”, em Cuba, a respeito deste entrelaçamento.

Na ocasião, defendi que a responsabilidade social da instituição universitária é efetuada por meio de mecanismos de comunicação e diálogo permanente entre governos e outros setores da sociedade, qualificação de recursos humanos, políticas de equidade e gênero, ambientais, de qualidade de vida, de voluntariado e promoção da educação para o desenvolvimento sustentável.

Na UFRN, a responsabilidade social é vislumbrada não somente na importância da instituição para o desenvolvimento das pessoas que a compõe. Vai além. Tem intersecção com a defesa da memória cultural do Rio Grande do Norte, com a interiorização acentuada das nossas ações, com os serviços prestados ao Sistema Único de Saúde através de três hospitais universitários, com a contribuição à rede de ensino com o Núcleo de Educação da Infância (NEI) e os graduados nas nossas licenciaturas.

A Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (CNODS), a qual integro representando a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior, e, mais especificamente, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atuam empenhadas em alcançar o desenvolvimento sustentável nas suas quatro dimensões – econômica, social e ambiental – de forma equilibrada e integrada, conforme prevê as diretrizes da ação da ONU.

Frise-se, ainda, que a inserção da responsabilidade social da universidade deve estar expressa na sua Missão e em seu Plano de Desenvolvimento Institucional. Freqüentemente, a incorporação solidifica-se por uma formação acadêmica balizada em um projeto socialmente referenciado, materializa-se nas atividades de extensão e requer investimentos em educação com parâmetros qualitativos, ações de permanência de estudantes, de adaptação da sua infra-estrutura, transferência de conhecimento e desenvolvimento econômico e social. No caso específico da UFRN, há ações ilustrativas. Nosso Plano de Cultura, a Rede Giga Metrópole, Políticas de cotas, que beneficiam desde estudantes da escola pública à pessoas com deficiência são algumas iniciativas, justificadas pela consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior e legitimadas pelo esforço da Universidade Federal do RN em transformar, conscientemente, a produção de conhecimento em um bem social.

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