Apesar de formalizada a candidatura da Colômbia, a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) reiterou na quarta-feira seu apoio ao Brasil para organizar a Copa do Mundo de 2014. Seguindo o rodízio de continentes estabelecido pela Fifa, o Mundial desta temporada aconteceria na América do Sul. – Resolveu-se apoiar o Brasil para o ano 2014, ratificando o que havia sido votado anteriormente – assegurou Eugenio Figueiredo, vice-presidente da Conmebol e dirigente da Associação Uruguaia de Futebol. A entidade decidiu dedicar seu apoio ao Brasil após reunião de seu Conselho Executivo na quarta, em Assunção, para a realização do sorteio dos grupos da Copa Libertadores 2007. – Quero agradecer mais uma vez a demonstração de unidade mostrada pelos países integrantes da Conmebol. Estamos trabalhando incansavelmente, há mais de dois anos, para que o Brasil seja a sede da Copa de 2014 – comemorou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao site da Conmebol. O anúncio oficial da Fifa acontece em novembro de 2007.
Candidatura da Colômbia não é jogo de cena
O presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luis Bedoya, afirmou que a candidatura de seu país para sediar a Copa de 2014 é para valer, e não apenas um ato de propaganda política. “Nossa intenção é que sejamos escolhidos para sediar a Copa e cumprir todos os requisitos necessários. É o compromisso não só da federação, mas do governo e de todo o país”, afirmou o dirigente, em entrevista concedida à rádio “Jovem Pan”.
A candidatura da Colômbia foi oficializada na segunda-feira, último dia do prazo dado pela Fifa para as inscrições, mas já era citada desde julho pelo presidente Álvaro Uribe, que a havia citado no discurso de abertura dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, em julho, na cidade de Cartagena das Índias. O projeto tem ainda o apoio do presidente do Comitê Olímpico Colombiano, Andrés Botero. “É verdade que havia um acordo para que todos apoiassem o Brasil, mas decidimos entrar na disputa”, explicou Bedoya.
Bedoya acredita que o fato de a Colômbia ter desistido de organizar a Copa do Mundo de 1986, três anos antes da competição, não terá nenhuma interferência nesta disputa. “Aquilo foi realmente muito ruim, mas hoje temos um novo país, uma nova federação, e estaremos comprometidos com essa luta”, assegurou. Na época, o então presidente, Belisário Bettancout, alegou problemas financeiros e falta de patrocínio privado para atender às “extravagâncias” da Fifa. A decisão entre Brasil e Colômbia deve sair em novembro de 2007. “Há estudos profundos e contamos com a ajuda do governo nacional. Temos de construir toda uma nova estrutura”, admite Bedoya.
Outro problema é a segurança: em 2001, a Copa América chegou a ser adiada, e depois remarcada, por causa de problemas com as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).