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Conselho vota hoje parecer que pede arquivamento do processo

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CASO RENAN - Sibá Machado ameaça deixar a presidência do Conselho de ÉticaBrasília (AE) – O Conselho de Ética do Senado tenta hoje, pela quarta vez, decidir se arquiva ou se dará prosseguimento ao processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por suposta quebra de decoro parlamentar. A decisão ocorrerá com a votação do parecer do relator licenciado Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Dos 15 membros do conselho, é esperado que 8 senadores votem contra o relatório, entre eles dois dissidentes da base governista: os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES).

Ainda assim, o resultado da votação é indefinido, tendo em vista a estratégia dos aliados de Renan de convencer parlamentares da oposição a não comparecerem à reunião do conselho. Eles também vão munidos de argumentos para tentar levar o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF) e com isso engavetar o processo, a exemplo de outros contra políticos que há anos aguardam julgamento.

As opções para livrar Renan foram analisadas, depois que o presidente do conselho, senador Siba Machado (PT-AC), resolveu votar o parecer, mesmo com a vaga de relator desocupada. Sibá disse ter esperado durante toda a semana que os partidos aliados designassem o novo relator. Seria uma forma de repartir a responsabilidade pela indicação. Como ninguém reagiu, ele disse não ter tido outra solução, senão a de colocar o parecer em votação.

Apoiada pela bancada, a decisão foi entendida como um aviso dos petistas de que não querem continuar arcando com o desgaste público causado pela denúncia contra um peemedebista. Foi anunciada após uma demorada reunião no gabinete da líder do PT, Ideli Salvatti (SC). “Acho que Siba está sendo corretíssimo em botar o parecer em votação”, defendeu o senador Tião Viana (PT-AC). “Ele está sendo desconstruído a toda hora porque o processo não anda.”

Além de Sibá, alvo de críticas no seu Estado, onde lhe pedem pela imprensa que “não traia os votos da ministra Marina Silva”, de quem é suplente, os senadores do PT estão sendo cobrados pelos filiados por se omitirem diante da denúncia contra Renan. 

Os protestos chegam por cartas e-mails chegam pela Internet. São mais de mil por dia dirigidos ao senador Suplicy e representam cerca de mil dos cinco mil que o senador Paulo Paim (PT-RS) disse receber semanalmente.

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