Nadjara Martins
*Enviada à Brasília
A menos de dois meses da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff inaugurou, ontem, o píer sul do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília (DF). A área, com cerca de 20 mil m², é parte da obra de reforma e expansão do terminal, orçada em R$1,2 bilhão e é realizada pelo Consórcio Inframérica – concessionária responsável pelos terminais de Brasília e de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, cuja obra afirma ter concluído. 
Com dez novos pontos de embarque, o píer do aeroporto JK será dedicado à aviação comercial. Na solenidade de inauguração da área, a presidente Dilma – que citou o aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, como um grande investimento – sublinhou a importância da concessão dos aeroportos brasileiros à iniciativa privada. “A rapidez na construção e a qualidade dos investimentos foi um dos motivos para que compartilhássemos a gestão dos aeroportos com a iniciativa privada. Isso é muito importante para o nosso país: significa conforto e segurança para os passageiros”, afirmou a presidente.
Segundo Dilma, com a outorga gerada pela concessão do aeroporto do RN, a Infraero (estatal que geria os terminais) poderá investir na construção de outros 270 aeroportos em cidades do interior do Brasil”. De acordo com a chefe do executivo nacional, a economia da Infraero pode chegar a R$ 4,3 milhões.
O píer sul do aeroporto JK já está recebendo voos domésticos desde a última sexta-feira (11), mas a demanda ainda é pequena, uma vez que o setor está em fase de “testes operacionais”. A estrutura é conectada ao saguão central do aeroporto. Entretanto, a nova área representa apenas uma parte das obras de expansão do terminal, que englobam ainda reforma do setor central e construção do píer norte.
Obras
De acordo com o consórcio gestor, as duas obras já estão 93% concluídas. O prazo de entrega, previsto no contrato de concessão da Infraero, se encerra no dia 24 de maio. A expansão aumentará a capacidade do aeroporto internacional de Brasília dos atuais 16 milhões de passageiros por ano para 24 milhões de passageiros por ano.
“O que diferencia essa obra das demais foi o prazo curto para a entrega e os diversos desafios estruturais que tivemos que enfrentar”, apontou José Antunes Sobrinho, CEO do Grupo Infravix – braço brasileiro do Consórcio Inframérica, que também é composto pela argentina Comporación América. “O desafio não acabou. Temos 40 dias para concluir a parte norte”, lembrou.
Os píeres norte e sul concentrarão todos os voos domésticos do aeroporto, hoje concentrados no ‘satélite’. Para o ministro da Secretaria da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, a expansão do aeroporto JK é apenas uma parte dos investimentos em estrutura aeroportuária do Governo Federal.
Com a reforma, a capacidade do aeroporto passa de 16 milhões para 21 milhões de passageiros/ano.
*Repórter viajou a convite do Inframérica
