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Consumidor está menos endividado

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O consumidor potiguar está devendo menos. É o que aponta o índice de inadimplência no Rio Grande do Norte, que registrou redução de 4,27% em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016. De junho para julho deste ano, o estado registrou queda de 0,19%  e ficou atrás da média regional (-0,42%) e nacional (-0,91%). Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). E mostram ainda que o ritmo de quitação de dívidas no estado é mais lento que as médias nordestina e nacional, com -4,74% e -5,53%, respectivamente.

Os indicadores em baixa demonstram que o consumidor potiguar está mais cauteloso. Em período de severa recessão, o momento é de reajustar as finanças e quitar as dívidas em atraso. A tendência, segundo especialistas, é de que a taxa de inadimplência deve se estabilizar em ritmo de queda nos próximos meses, à medida em que a economia brasileira mostre sinais concretos de recuperação.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/Natal), Augusto Vaz, elenca alguns fatores para justificar a geração de dívidas como a alta dependência da administração pública. “Cerca de um terço de nossa economia depende do pagamentos de salários a servidores e fornecedores das diferentes esferas de governo. Mas tanto Estado, quantos municípios estão com dificuldades de deixar as contas em dia, devido à crise. Com o atraso, a inadimplência dos consumidores fica um pouco acima da média brasileira”, diz.

Sem detalhar números, o gestor afirma que há meses em que o estado registra resultados melhores ou piores do que o Brasil nos índices de inadimplência. Em agosto, o RN teve redução de 3% no índice de pessoas negativadas. O percentual está abaixo da média brasileira (-4,2%) e acima da média regional (-2,36). No RN, a média de dívidas por CPF no SPC é de 1,86. No Brasil chega a 1,97. 

O volume de dívidas no comércio potiguar tem caído nos últimos doze meses, conforme dados da CDL/Natal – um reflexo da vontade dos consumidores em honrar as contas. Mas a procura de quitação através de cartões de crédito ou cheque especial, o que pode representar uma ameaça à tendência de queda na inadimplência, tem preocupado a entidade. Nestes setores, em agosto, a inadimplência teve alta de 12,8%. “A expectativa é de que, com a redução da taxa Selic neste ano, volte o crédito barato”, explica o presidente da CDL/Natal.

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