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Consumo das famílias vai induzir PIB

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EFEITO - A aumento do consumo se relaciona com a renda em altaRio – Os investimentos, que foram a principal influência positiva nos  resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, serão substituídos  pela força do consumo das famílias no segundo trimestre. Especialistas avaliam que o aumento da renda, o reajuste do salário mínimo e a oferta do crédito vão  garantir maior intensidade no crescimento do consumo das famílias, que responde  por cerca de 55% do cálculo do PIB pela demanda (que inclui também importações,  exportações e consumo do governo). 

Estevão Kopschitz, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),  disse que as contas da instituição apontam para um aumento de 4,4% no consumo  das famílias no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado,  ante 4% apurados nessa base de comparação no primeiro trimestre. Ao contrário,  o aumento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, ou investimentos) deverá  desacelerar de 9% no primeiro trimestre para 7,8% no segundo trimestre, sempre  na comparação com igual período do ano passado. “O aumento do consumo das famílias  se relaciona com a renda em alta, o crédito e o reajuste do salário mínimo”,  disse Kopschitz.  Os dados do PIB relativos ao período de abril a junho serão divulgados pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 31 de agosto. 

Segundo ele, o desempenho do PIB neste ano será marcado pela influência negativa  do setor externo – já que as importações crescem a velocidade maior do que as  exportações – e maior impacto da demanda interna. Marcela Prada, analista da  Tendências Consultoria, também acredita no consumo das famílias como impulso  para o PIB no segundo trimestre. “A expectativa é de crescimento da demanda  interna, com a renda em alta e o crédito em expansão”, disse.  A Tendências também estima um crescimento de 1,4% no PIB do segundo trimestre  em relação ao primeiro trimestre. Para o economista do Ibmec e da Confederação  Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, o consumo das famílias  terá forte influência no PIB do segundo trimestre, mas “o chamado choque de  renda vai se esgotar aí”. Ele também estima que o PIB do segundo trimestre vai  crescer 1,4% ante o primeiro trimestre, puxado pela demanda interna.  Segundo Freitas, “a inflação mais baixa e o dólar reduzido estão aumentando  o consumo familiar”. Para ele, essa forte influência do consumo tende a se esgotar  a partir do terceiro trimestre, quando o crédito que vem ajudando a impulsionar  o consumo será comprometido pela inadimplência. “A velocidade da queda dos juros  não foi proporcional à queda da inflação, o que vai gerar um arrocho no consumo  das famílias a partir do terceiro trimestre”, acredita.

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