A população deve estar atenta ao gasto d’água. Desde ontem, o consumo já está sendo cobrado com o reajuste escalonado que varia de 4,43% a 13,79%. Os novos preços virão na conta a ser paga no início de março.
A intenção da Caern era um reajuste linear de 13,79%. No entanto, a proposta não passou no aval da Agência Reguladora de Serviço de Saneamento Básico de Natal e nem no Conselho de Saneamento de Natal.
A proposta da Arsban era um reajuste linear de 4,43%. No entanto, a Câmara Técnica de Tarifa do Conselho de Saneamento sugeriu uma nova proposta, que terminou sendo aprovada pelo pleno do Conselho.
Com isso, o reajuste dos consumidores básicos, nesta categoria são considerados os residenciais de até 10 metros cúbicos e os públicos e industriais de 20 metros cúbico, será de 4,43%. No consumo de 11 metros cúbicos e 15 metros cúbicos incidirá um percentual de 5,69%. O índice é semelhante ao IPCA.
“Esse é o índice para todo Rio Grande do Norte. A Caern aplicará um só reajuste”, destacou o diretor comercial da Caern, Plínio Veras Lobo.
O consumo a partir de 16 metros cúbicos terá reajuste de 13,79%. O diretor da Agência Reguladora de Serviço de Saneamento Básico de Natal, Urbano Medeiros, explicou que o reajuste de 4,43% atingirá 65% dos consumidores. Outros 18% dos consumidores serão influenciados no índice de 5,69% e 17% dos clientes pagarão o aumento de 13,79%.
“Esse é o reajuste mais baixo”, comentou Urbano Medeiros. Ele ressaltou que a proposta da Arsban não se restringiu ao percentual de reajuste.
A Agência também fez recomendações de metas para a Caern, que foram acatadas pelo Conselho de Saneamento e, com isso, passam a ser incorporadas no plano da Companhia.
Um dos pontos principais do Plano de Metas é que até o dia 31 de dezembro desse ano a Caern deverá reduzir em 10% os débitos do Poder Público e 20% dos residenciais. “Os créditos que a Caern vai receber dos consumidores vai permitir que eles sejam aplicados em investimentos”, observou Urbano Medeiros.
O diretor Comercial da Caern, Plínio Veras, disse que o reajuste linear de 13,79%, como propunha a Companhia, permitiria que o faturamento passasse de R$ 15 milhões para R$ 17 milhões. Com os percentuais estabelecidos pelo Conselho de Saneamento, o acréscimo no faturamento será cerca de R$ 1 milhaõ.
Ele confirmou que para aumentar o faturamento a estratégia será buscar a eficiência e o pagamento dos consumidores devedores da Companhia. “Vamos trabalhar para melhorar a eficiência”, completou.