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Conversão veicular cai em 2006

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MERCADO - Sílvio de Melo diz que sua empresa já instalou até 12 sistemas/dia

Hudson Helder – Repórter

A quantidade de conversões de veículos com motores movidos à gasolina ou álcool para Gás Natural Veicular (GNV), no Rio Grande do Norte, reduziu 29% na média mensal registrada pelo Departamento Trânsito do RN (Detran). A média em função dos seis primeiros meses de 2006, em relação àquela registrada em igual período do ano passado, mostra que as empresas especializadas deixaram de converter 109 motores por mês este ano.

As empresas especializadas convertiam, em média, 375,5 veículos por mês no ano passado. Mas este ano, essa média caiu para apenas 266,33 motores. Os números registrados nas estatísticas do Detran/RN são confirmados, na prática, pelos empresários do segmento de conversão veicular para gás natural. Especialmente as empresas que atuam em Natal.

O engenheiro mecânico e proprietário da GásBras Convertedora Automotiva, Silvio Romero de Melo, afirma que essa quantidade de conversões tem reduzido a cada ano. “Quando montei minha empresa, há quatro anos, fazíamos até 12 instalações por dia. Hoje, fazemos uma por dia”, disse ele.

Os empresários do setor afirmam que as notícias em âmbito nacional sobre um eventual desabastecimento de gás natural face à crise na relação entre as estatais brasileira e boliviana fez muitas pessoas repensar o investimento. Silvio Romero cita outro episódio, dessa vez à época que a então Ministra das Minas e Energia Dilma Roussef cogitou a redução na oferta de gás natural para abastecer a demanda da frota de veículos do Brasil. Era uma forma de preservar o combustível para a indústria, maior consumidora do produto.

“De certa forma, o mercado está saturado. O investimento é alto. Nem todos podem fazê-lo. Mas continua sendo absolutamente viável”, ressalta Silvio Romero de Melo. A frota de veículos movidos também a Gás Natural Veicular no Rio Grande do Norte passou de 29.546 no ano passado para 31.144 até o mês passado. Ou seja, um incremento de aproximadamente 5%.

A frota de veículos com  motores  movidos a gás natural eqüivale a 6,43% do total de 484.423 carros registrados no Detran/RN até junho passado, pouco superior que o resultado de 2005, quando 6,38% dos veículos usavam o GNV como outra fonte energética. A estatística do Departamento de Transito do RN mostra que, até o primeiro semestre deste ano, 72% da frota potiguar era movida à gasolina.

No ano de 2004, havia no Estado uma frota de 429.320 veículos, dos quais 25.040 também usavam o combustível menos poluente.

Os empresários do ramo de conversão veicular citam os reajustes no preço do GNV, especialmente a partir de 2004, diminuindo a margem de economia em relação à utilização de outros combustíveis (gasolina e álcool). Eles reconhecem que os demais combustíveis também sofreram reajustes nos preços. A diferença entre o custo do metro cúbico de GNV (R$ 1,281) e o litro da gasolina comum (2,252), por exemplo, é de R$ 1,244.

Sindipostos investe mais em segurança

A questão dos postos revendedores de combustíveis que operam com gás natural já despertou a atenção do Sindicato dos Revendedores do Rio Grande do Norte. A entidade começou a desenvolver um programa de segurança. O primeiro passo foi uma palestra promovida com o consultor de segurança Roberto Roche, que desenvolve o projeto “posto ecológico” em todo o País. Aos revendedores potiguares, o especialista destacou que é preciso investir para assegurar.

Segundo Roberto Roche, quem opera com combustíveis deve estar atento às normas de segurança porque além de correr o risco de ser fechado em caso de infringir as normas, está sujeito a um acidente iminente, daí a fundamental necessidade de seguir um plano de segurança.

O consultor paulista estará este mês em Natal para inspecionar e avaliar a segurança de alguns empreendimentos de revenda de Gás Natural Veicular (GNV).

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