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Coopmed suspende procedimentos

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MARCELO LIMA
Repórter

A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte suspende a partir de hoje o atendimento em sete hospitais privados ou filantrópicos que também atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os procedimentos marcados com antecedência não serão mais realizados, a menos que a Prefeitura de Natal e o Estado do Rio Grande do Norte paguem uma dívida de R$ 5 milhões.
Memorial é um dos hospitais que atende com médicos da Coopmed. Nos sete hospitais, são feitos 2.500 procedimentos/mês via SUS
Segundo o presidente da cooperativa, Marcelo Cascudo, esse valor se refere a três meses de serviços prestados: janeiro, fevereiro e março. Para os meses de abril e maio, os trâmites para o reconhecimento do serviço ainda está em andamento. Por mês, os médicos dessa entidade realizam cerca de 2.500 procedimentos entre cirurgias marcadas, atendimentos de urgência, emergência e, menor medida, ambulatoriais.

A partir de hoje serão paralisados somente procedimentos eletivos, como cirurgias oncológicas (relacionadas ao combate ao câncer), ortopédicas (nos ossos), cardíacas, pediátricas,  hemodinâmicas (relacionada a veias e artérias) e    otorrinolaringológicas (relacionadas a ouvidos, nariz e garganta).

Esses atendimento de média e alta complexidade ocorrem nos hospitais da Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Câncer, Natal Hospital Center, Incor Promater, Paulo Rangel, Hospital do Coração, Varela Santiago e Memorial. “É lamentável. Como fica o paciente de cirurgia ortopédica programada? Se isso persistir durante 30 dias vai ser um desastre para a população”, declarou Marcelo Cascudo.

A decisão de suspender os atendimentos ocorreu em uma assembleia geral dos médicos cooperados há 15 dias. “Foi comunicado às secretarias que se não fosse feito pagamento até a tarde de hoje (ontem). No dia 16 essas atividades seriam suspensas”, lembrou o presidente da Coopmed/RN. Até ontem nenhum pagamento havia sido feito.

Cascudo afirmou que vai ter uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Luiz Alberto Fonseca, hoje. “Também gostaria que o prefeito estivesse nessa reunião”, disse. A suspensão dos serviços acontece apenas no município de Natal, onde a Prefeitura e Estado contribuem para o pagamento dos médicos cooperados. A Prefeitura deve R$ 2 milhões segunda a cooperativa.

A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital. A assessoria de imprensa afirmou que o secretário teria uma conversa com a Secretaria de Planejamento, responsável pela liberação do dinheiro, no final da tarde de ontem. A Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) também afirmou que a coordenadoria financeira estaria em reunião com a pasta do Planejamento Estadual. Em ambos os órgãos, não havia garantia de que o pagamento seria realizado ontem.

Caso a dívida persista, o presidente da cooperativa disse que convocará uma assembleia dos cooperados para a próxima segunda-feira. “Os médicos devem decidir o que fazer em assembleia, inclusive se eles querem manter ou não o contrato”, acrescentou. Ele ressaltou que o atraso de três meses já é o suficiente para rescindir o contrato, segundo as próprias cláusulas constantes nele.

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