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Copa 2006 – A esquadra e o maestro

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CONJUNTO - A Azurra apresentou um excelente padrão de jogo coletivo

Gazeta Press, Berlim (Alemanha) – A grande final da Copa do Mundo de 2006 será disputada neste domingo, às 15h (de Brasília), no Estádio Olímpico, em Berlim. De um lado a Itália, que sonha com o tetracampeonato e entrará em campo animada por ter conseguido vencer a anfitriã Alemanha por 2 a 0 nas semifinais. Do outro lado, liderada por Zidane, a França quer o bicampeonato e aposta na regularidade que fez os Bleus superarem Brasil e Portugal nas fases anteriores. Desde 1982, quando os italianos derrotaram os alemães por 3 a 1, que uma final de Mundial não é disputada apenas por europeus.

Marcelo Lippi, técnico da Itália, acredita que o jogo deste domingo poderá ser decidido nos detalhes, mantendo o que ele considera a normalidade desta Copa do Mundo. Para o treinador da Azzurra nenhuma das duas equipes deverá se expor muito em campo. “Nesta Copa do Mundo, pelo menos quando entramos na fase eliminatória, pudemos ver que as equipes estavam apenas decidindo os jogos nos detalhes, nos erros dos adversários. Portanto, não vai ser justamente na grande decisão que esta lógica vai mudar. Sinceramente não acredito em um jogo aberto e de muitos gols. Acredito em um duelo tático, num jogo de xadrez”, afirmou Lippi, que descartou a possibilidade de fazer uma marcação especial em Zidane. 

Já o atacante Totti acredita que, apesar de os sistemas defensivos estarem fazendo sucesso neste Mundial, o talento individual possa fazer a diferença na final. “Entendo que na fase final da competição, tivemos muito mais categoria que nossos adversários. Nesses jogos, onde o cansaço é maior, quem tem mais qualidade individual tem melhores chances, como aconteceu conosco em algumas ocasiões, como contra a Austrália e a Alemanha, sem falar do duelo contra a Ucrânia. No domingo teremos dois times de muita habilidade e isso tornará o duelo interessante”, disse Totti.

Sem ainda poder contar com o zagueiro Nesta, lesionado, Marcello Lippi confirmou a manutenção do time que eliminou a Alemanha. Com isso o volante Rossi, que está à disposição após cumprir suspensão em quatro partidas devido a uma agressão no empate por 1 a 1 com os Estados Unidos, ficará como opção no banco de reservas.

Pelo lado da França a grande expectativa fica por conta da forma como Zidane, que confirmou sua aposentadoria para depois da partida, vai se comportar em sua despedida. Ele poderá entrar para a história como um dos poucos atletas a se aposentar com o bicampeonato mundial assegurado. Apesar disso o técnico Raymond Domenech lembrou que a prioridade é a conquista do título e não se dar uma grande despedida a Zidane.

 “O Zidane é nosso grande ídolo e maestro, mas não podemos ficar nos concentrando nisso. Temos que pensar que teremos pela frente a Itália, um grande adversário e capaz de fazer grandes partidas. Temos que nos concentrar nos italianos, pois isso é que nos fará ganhar”, disse o treinador.

Zidane também minimizou a importância de sua despedida do futebol. Ele lembrou que esta é a grande chance de sua geração se consagrar. “Ganhamos a Copa do Mundo de noventa e oito e na seguinte fracassamos, sem sequer termos conseguido marcar um único gol. Agora é o momento de darmos a volta por cima e mostrarmos que estamos marcados como vencedores”, disse Zidane.

Para a grande final Domenech não tem problemas no time titular e vai repetir a escalação que bateu Brasil e França por 1 a 0. O único desfalque está no banco de reservas. O volante Saha recebeu o segundo cartão amarelo contra os portugueses e terá que cumprir suspensão.   A cantora colombiana Shakira fará um show antes da final em uma escada gigante montada no meio do campo e o tenor italiano Plácido Domingo se apresentará no intervalo da partida. A França jogará de branco e a Itália de azul. A seleção que alcançar o título receberá 15,6 milhões de euros (aproximadamente R$ 50 milhões) da Fifa, enquanto o vice-campeão ficará com 14,4 milhões de euros.

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