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Copa 2006 – Copa teve sete mil crimes

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DOMINGO - Os italianos invadiram as ruas de Roma para festejar o títuloA Copa 2006 terminou com um saldo de 7 mil crimes e 875 feridos – números não tão relevantes na opinião das autoridades.

Segundo Michael Endler, diretor da Central de Informação para Eventos Esportivos, foram feitas 9 mil prisões, em sua grande maioria preventivas e por apenas algumas horas. Apenas 38% dos crimes registrados foram violentos, enquanto todo o resto correspondeu a roubos. Dos 875 feridos, foram 350 arruaceiros, 200 policiais e, o restante, pessoas alheias aos incidentes.

Apesar desses números, o presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, qualificou como “sucesso absoluto” a competição disputada na Alemanha.Para Blatter, que já anunciou o início dos preparativos da Fifa para o Mundial da África do Sul, em 2010, a Copa 2006 foi “extraordinária”.

“Foi uma Copa extraordinária, uma grande festa do esporte”, comemorou Blatter. “É por isso que o Mundial é a maior festa da Terra. A atmosfera foi muito positiva.” Para o presidente da Fifa, “nem mesmo a violência dos hooligans” prejudicou o Mundial. “Houve casos isolados (de violência), mas nada que atrapalhasse a Copa”, afirmou.

Durante a festa, dois italianos morreram

Durante as comemorações pelo quarto título mundial da Itália no último domingo, conquistado na disputa de pênaltis sobre a França, dois italianos morreram e vários ficaram feridos. Em Gênova, Carlos Alberto Cavenaghi, 20 anos, morreu ao cair da lancha na qual estava com dois amigos e bater com a cabeça na hélice do motor.

Já Michele Coscina, de idade não divulgada, foi morto a tiros quando dirigia sua motocicleta na cidade de Nápoles. O indivíduo tinha histórico de roubo e tráfico de drogas.Ainda em Nápoles, ocorreram diversos atos de vandalismo e vários indivíduos ficaram feridos. A polícia da cidade fez cinco prisões. A cidade de Roma também foi palco de confusões e de grandes engarrafamentos. Na Praça do Campo di Fiori, torcedores atiraram garrafas contra a polícia, que teve de evacuar o local.

Alegria supera problemas com brigas

Milhões de italianos, loucos de alegria por ter ganho a Copa do Mundo diante da França, foram para as ruas à noite gritando e cantando. Um buzinaço ensurdecedor, incontáveis bandeiras tricolores e ondas de fogos de artifício invadiram as ruas. Os três lugares da Itália que reuniram a maior aglomeração de torcedores foram o Circus Maximus, em Roma, a Piaza Duomo, em Milão e a Piaza del Plebiscito, em Nápolis.

Para a torcida italiana, a explosão da alegria que acompanhou o pênalti de Fabio Grosso foi um grito de liberdade. Quando começou a Copa do mundo, poucos italianos apostavam na possibilidade da própria seleção chegar até a final. Os escândalos de fraude e falta de ética no esporte haviam tocado a paixão nacional, deixando um rastro de descredibilidade na honestidade esportiva. A vitória do tetra reconquistou nos torcedores a vontade de acreditar no futebol. “Acho que o problema está nos dirigentes e não nos jogadores” disse o torcedor Cesare Cantiani, em Roma durante a festa da vitória.

Os vendedores ambulantes também festejaram. Cada bandeira “tricolor” era vendida na capital por 8 euros. Alguns comerciantes se lamentavam porque haviam vendido mais bandeiras da paz, com as cores do arco-íris, contra a guerra no Iraque, do que as clássicas italianas.Na Capital, a torcida se concentrou no gramado do Circo Massimo, onde os antigos romanos competiam com corridas de carroças puxadas por cavalos, dois mil anos atrás.

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