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Copa 2006 – Em Natal, italianos e franceses vão sofrer com a final

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ITALIANOS - Confiança da torcida da seleção da Itália está na boa marcação

Caso a Seleção Brasileira estivesse disputando a final da Copa do Mundo, hoje, às 15h, Natal iria torcer em peso pelo Hexa. Com o Brasil fora da decisão, a torcida fica por parte dos imigrantes franceses e italianos que escolheram a capital potiguar para viver.

Os franceses Philippe Guaignier, Nora Massoc, Alexandre Gomes e Elizabeth Fernandes, são professores de língua estrangeira que comemoraram juntos a chegada da França à decisão e estão na corrente pelo bicampeonato mundial.

Michele Maisto, Marco Marasca, Enrico Zorzella, Roberto Grillo e Guilio Castellano, são alguns dos animados italianos que estão confiantes no quarto título da Esquadra Azzurra em mundiais.

Mesmo com o equilíbrio técnico entre as seleções finalistas, as duas partes se mostram muito confiantes. O professor Philippe Guaignier, que há sete anos mora em Natal, afirma, utilizando um termo bem brasileiro, que os italianos são “fregueses” da França e que a história vai se repetir, assim como aconteceu com a Seleção Brasileira. “Vínhamos de duas vitórias seguidas contra o Brasil em Copas e ganhamos a terceira agora. Vencemos a Itália na Copa de 1998 e na final da Eurocopa de 2000. Repetiremos o feito e vencermos a terceira seguida”, disse o confiante francês.

Na disputa da semifinal contra a Seleção Portuguesa, a torcida Marselhesa em Natal, se reuniu na Aliança Francesa para comemorar com muito champagne, entoando o grito de guerra “Allez Les Bleus”, referindo a cor azul da camisa da seleção. A professora Nora Massoc confia no bom desempenho de Zinedine Zidane para conquistar o título e até aponta o resultado final: “2 a 1 para a França”.

Em contrapartida, os italianos apostam nas semelhanças desta seleção com a tricampeã em 1982. O empresário Marco Marasca, que está em Natal há treze anos, lembra que naquele ano a Itália também chegou à Copa desacreditada, sob denuncias de simulação de resultados do campeonato nacional e foi ganhando força durante a competição, exatamente como a Itália deste ano. “A única diferença é que este time não tem um Paulo Rossi, mas em compensação, tem um grupo muito unido e determinado”, explicou Marasca.

Quando perguntado sobre o nível de perigo que Zinedine Zidane e Thierry Henry oferecem nesta final, os italianos respondem com tranqüilidade. “Canavarro e  Gattuso anularão Zidane e Henry, respectivamente, para que Totti e Pirlo decidam a nosso favor”. E quando o assunto é a final da Eurocopa de 2000, quando a França se sagrou campeã em cima da Itália, eles afirmam que aquela seleção italiana não tinha o mesmo poder ofensivo e garra que a atual. Além disso, eles estão seguros quanto a competência do técnico Marcelo Lippi.

Naquele 12 de julho de 1998, dia em que a França conquistou seu único título mundial de futebol, Philippe Guaignier e Nora Massoc estavam nos arredores do “Stade de France” comemorando a conquista inédita. Dezesseis anos antes, em 1982, Michele Maisto e Marco Marasca acompanharam o tricampeonato da Azzurra com seus conterrâneos, na Itália.

Agora, em 2006, estes personagens se encontram em terras potiguares na esperança de, mais uma vez, comemorar uma conquista de Copa. Enquanto os franceses estão optando por assistir à final na privacidade de seus lares, a comunidade italiana estará reunida no restaurante La Paella, em Ponta Negra, com direito a telão, vinho e degustação de massas.

Alguma dessas duas torcidas estrangeiras irá comemorar ao término do jogo. Se vai ser a “Esquadra Azurra” ou os “Les Bleus”, só saberemos no fim da tarde, Seja com champagne ou com spaghetti, os azuis comemorarão em Natal, enquanto a torcida verde e amarela terá que esperar por pelo menos mais quatro anos.

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