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Copa 2006: Natal chora eliminação do Brasil

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DESESPERO - Torcedor leva  as mãos à cabeça após o apito final do árbitro

O ambiente foi todo preparado para realização de uma grande festa, mas foram suficientes apenas 90 minutos de mal futebol, a derrota para França e a despedida da Copa do Mundo, para alegria dar passagem a tristeza e iniciar um clima de comoção. Torcedores inconformados não escondiam a decepção e nem tinham vergonha de chorar, mais uma derrota para o “carrasco” francês.

Ralf de Oliveira, 27 anos, autônomo, não se conformava com o resultado. “Faltou nosso time acreditar mais no potencial dele, nós somos melhores mas aceitamos o jogo francês”, opinou. A razão maior da tristeza do torcedor, foi que a primeira Copa que ele se lembra ter acompanhado foi a de 1986, quando o Brasil também foi eliminado pela França. Alguns de tão revoltados sequer quiseram opinar sobre a partida. “Não vi nada, o Brasil não entrou em campo”, protestava um torcedor ao deixar o pavilhão do Centro de Convenções com a família.

Flávio Augusto de Souza, sósia de  Ronaldo e integrante do grupo de pagode Nosso Grito resumiu o pensamento numa só frase: “Faltou tudo e para complicar Parreira ainda mudou tarde.” Contratado para animar os torcedores do camarote Donna Donna, ele sequer sabia o que fazer para acabar com o clima de comoção que atingiu os torcedores após o apito final, decretando a inesperada derrota da seleção que chegou como favorita.

Artigo – Vida longa ao rei: Zizou

Itamar Ciríaco – Editor de Esportes

Passamos a Copa do Mundo inteira cobrando técnica da Seleção Brasileira, mas na hora decisiva o que faltou mesmo foi a velha garra. Uma apatia incomum parecida com a que se abateu sobre o time em 1998, parece ter ressurgido oito anos depois. Como pode uma equipe repleta de astros consagrados e milionários acertar apenas um chute no gol de Barthez, aos 42 minutos do segundo tempo.

É lamentável que o catalão, isso mesmo, Ronaldinho Gaúcho tenha estado num Mundial apenas para fazer malabarismos com a bola e para ser agarrado por loiras Norte-rio-grandenses. Que decepção.

É triste falar de decepções como Roberto Carlos, Cafu e outros que não conseguiram entender o quanto vale uma Copa do Mundo para os brasileiros. E o chamado “belo” Kaká? O meia olhou muito para o telão do estádio e esqueceu de jogar bola.

Mas não podemos igualá-los a outros personagens. Não podemos esquecer de Nelson de Jesus da Silva, o Dida. Com Jesus no nome, o nosso goleiro cansou de ser o “salvador” do time. No gol de Henry não teve culpa. O jogador francês aproveitou-se da brecha deixada pelo lateral Roberto Carlos, que amarrava a chuteira no lance capital.

Também não podemos crucificar o zagueiro Lúcio. Antes da Copa todos diziam: “ele não faz falta para a equipe”. E não fez mesmo, aliás, fez uma e providencial, ontem. Foi um dos melhores do Mundial da Alemanha.

Outro jogador criticado antes da Copa, o zagueiro Juan, apelidado muitas vezes de “Ruim”, foi também destaque e calou a boca dos críticos.

Mas a maior “volta por cima” mesmo foi a do volante Zé Roberto. Jogador de raça, eleito duas vezes o melhor jogador da Seleção, o atleta foi um dos poucos que fez valer a convocação para a disputa do Mundial da Alemanha.

Do outro lado, Zinedine Zidane encontrou forças para adiar uma aposentadoria anunciada antes mesmo de começar o torneio. O craque fez tudo e ainda deu o passe para o gol de Thierry Henry.

Diante desse quadro só nos resta desejar boa aposentadoria para Roberto Carlos e Cafu e vida longa ao rei da França: Zizou.

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