Gazeta Press Munique (Alemanha) – Depois de estrear vencendo a Croácia por um magro 1 a 0, a Seleção Brasileira volta a campo às 13h(de Brasília), no Allianz Arena, em Munique, para seu segundo confronto no Grupo F da Copa do Mundo de 2006, dessa vez diante da Austrália. E o duelo vale a liderança da chave, atualmente nas mãos dos australianos, que começaram a disputa batendo o Japão, de virada, por 3 a 1. Além da classificação, que deverá ser confirmada em caso de vitória, os brasileiros buscam uma vitória convincente para devolver o clima de paz. Durante a semana muito se falou sobre uma possível barração do atacante Ronaldo, figura apagada contra a Austrália.
O técnico Carlos Alberto Parreira porém confirmou a escalação dele e a repetição do time que bateu os croatas. Mas o comandante brasileiro deixou bem claro que mudanças poderão acontecer no caso de uma pouca movimentação do ataque. “Não gostei da movimentação do quarteto contra a Croácia e quero ver todos se movimentando mais contra a Austrália, que tem uma marcação um pouco mais forte que a dos croatas. Ninguém tem cadeira cativa na Seleção Brasileira e todos vão ter que correr muito neste jogo. Uma vitória nos deixará em situação espetacular no grupo”, disse Parreira.
Para o coordenador-técnico do Brasil, Zagallo, a partida contra os australianos vai marcar a recuperação de Ronaldo. Ele acredita que o Fenômeno vai desequilibrar. “O Ronaldo vai mostrar que quem pede a saída dele da Seleção Brasileira só pode estar louco, pois ele é um atleta que desequilibra e de suma importância para o Brasil. Contra a Austrália não tenho a menor dúvida de que ele vai ser o Fenômeno que todos conhecem”, disse Zagallo.
Sobre o time australianos coube aos jogadores revelarem a tática que Parreira pretende usar para deixar o campo com a conquista dos três pontos. “A ordem que nos foi dada é para sufocar desde o primeiro minuto, buscando o gol e fazendo de tudo para evitar sermos surpreendidos em contra-ataque. Nada muito diferente do futebol moderno. Sem a bola tá todo mundo marcando. Com ela, todo mundo se movimenta e procura espaços para entrar na defesa dos australianos, que deverá estar pior do que um ferrolho”, analisou o lateral-esquerdo Roberto Carlos.
Na Austrália, o grande número de cartões preocupa demais o holandês Guus Hiddink, técnico da equipe. Ele só vai divulgar a escalação que vai a campo minutos antes da estréia, mas cogita a possibilidade de poupar os zagueiros Craig Moore e Lucas Neill, o meia Vince Grella e o atacante John Aloisi, que estão pendurados com um cartão amarelo.