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Copa 2006 – Uma nau à procura de outro capitão

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MUDANÇA - Parreira pode deixar de ser técnico e assumir a coordenaçãoCarlos Alberto Parreira em um cargo executivo e Paulo Autuori como técnico era a tendência na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a formação da nova comissão técnica da seleção. O Kashima Antlers, atual clube de Autuori, já teria traçado um plano B para a sua saída: contrataria Jorginho, o ex-lateral-direito tetracampeão em 1994. No entanto, a própria CBF também parece acenar com um segundo plano. De acordo com um dirigente do Santos F.C., a entidade perguntou sobre as bases contratuais do técnico Wanderley Luxemburgo. Ainda correm por fora Luís Felipe Scolari de Portugal e Muricy Ramalho, atualmente no São Paulo.

Mas as suspeitas sobre Autuori aumentam devido uma cláusula em seu contrato. Na assinatura, com o clube japonês, um chamado para ser técnico do Brasil foi a única hipótese imposta por Autuori para poder deixar o Japão a qualquer momento. Além de contar com a simpatia de Parreira, Autuori possui outros trunfos, como o excelente trânsito nas três principais praças do futebol brasileiro: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Com o São Paulo conquistou, além do Mundial, o título da Taça Libertadores da América, ambos em 2005. Pelo Cruzeiro, em 1997, o Estadual e a primeira conquista da disputa sul-americana. E no Botafogo, o Campeonato Brasileiro de 1995. Soma-se a essas experiências, o fato de já ter comandado uma seleção: a do Peru.

Mas, o principal trunfo de Autuori é o de ser conhecido no meio como uma pessoa ética e equilibrada e com um passado sem nenhuma grande polêmica.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tem pavor de reviver os momentos de investigação provocados pela CPIs do Futebol e do Senado, caso Luxemburgo volte à seleção e traga com ele os seus problemas judiciais extra-campo. “Acho que no momento é irrelevante para o futebol brasileiro se o treinador vai continuar ou não”, despistou Parreira. “Aconteça o que acontecer, quem pegar esse barco ou ficar – não interessa comentar o nome de quem vai continuar ou não -, acho que já começa a projetar alguma coisa para 2010.”

Ainda ontem, Zagallo não se cansou de defender Parreira e chegou, inclusive a compará-lo a Telê Santana. “Só uma lembrança: o Telê ficou na Espanha e no México, oito anos perdendo. Então não vejo problema maior em continuar”, afirmou.

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