Ronaldinho Gaúcho ouviu entusiasmado a história do velocista negro norte-americano Jesse Owens. No mesmo Estádio Olímpico de Berlim – onde o Brasil estréia nesta segunda-feira na Copa -, na Olimpíada de 1936, ele reverteu as expectativas de que o povo ariano era superior aos demais. Ganhou quatro medalhas de ouro e envergonhou Adolf Hitler, que se recusou a entregá-las ao negro. Ronaldinho tem sete partidas para fazer exatamente o contrário: confirmar não para alemães, mas para o mundo inteiro, que é mesmo o melhor do planeta. "Eu vim ganhar a Copa. Posso dizer que estou muito mais experiente e confiante do que em 2002".
Goleiro se esconde
Enfim, chegou a hora de Dida sentir o gostinho de estrear numa Copa do Mundo. A espera foi longa, mas terminou. Depois de 14 partidas no banco de reservas em dois Mundiais, o goleiro vai vestir a camisa 1 e entrar em campo ao lado dos outros 10 titulares, hoje. A estréia foi há 11 anos. O número total de jogos: 87. Seu talento sempre foi destacado na Europa e também no Brasil, onde brilhou pelo Cruzeiro e pelo Corinthians. Mas faltava um jogo de Copa. Agora, na Alemanha, tem boas possibilidades de enriquecer o já notável currículo.
Cachaça faz festa na Copa
A aguardente Pitú pode se gabar de ser… " de Pernambuco para o mundo". Tanto Weggis como Königstein, cidade alemã desta segunda etapa da preparação, têm barraquinhas de Pitú. Em alguns restaurantes mais finos do país da Copa, uma dose de Pitú, servida em copo de licor, sai por uns R$ 12. Mas os nativos preferem tomar a "marvada" na caipirinha.
Neste caso, o preço é mais azedo: equivalente a uns R$ 25. A Alemanha talvez seja o maior comprador de cachaça do Brasil. Só a Pitú atua em 25 países. Ano passado, 80% de suas exportações foram para a terra da cerveja. Algo como 2 milhões de litros da pinga. Para este ano, a previsão é de um crescimento nas vendas de 10% a 20%.
