Vinícius Menna
repórter
Puxado principalmente pelo setor de serviços, o emprego formal em Natal fechou o mês de maio com saldo de 291 vagas, número que contrasta com o saldo negativo de -205 empregos contabilizados em maio do ano passado. No acumulado de janeiro a maio de 2014, o saldo de vagas na capital potiguar já chega à casa das 4.542 vagas, o que representa uma recuperação dos empregos formais em Natal. Em 2013, esse número foi negativo, registrando saldo de -177 vagas de emprego. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Emprego e Trabalho (MTE), e foram divulgados na terça-feira passada.
O saldo de empregos formais do Caged se refere ao total de admissões subtraído do total de desligamentos. Quando o saldo é negativo, isso significa que houve um número maior de desligamentos. Por outro lado, quando o saldo é positivo, isso quer dizer que vagas foram criadas.
No Rio Grande do Norte, o saldo de empregos formais de janeiro a maio de 2013 foi de -3.505, enquanto que neste ano o estado obteve um saldo de 1.367 vagas até maio. Por outro lado, em maio de 2014, o saldo foi negativo, de -406, enquanto que em 2013 esse número foi positivo, com 103 vagas.
A principal evolução foi sentida no setor de serviços. Enquanto em 2013 o acumulado de janeiro a maio no setor registrou saldo de 1.163 empregos formais em Natal, no mesmo período deste ano, esse número atingiu a casa de 3.393, um crescimento de 191%. Em maio deste ano, o setor registrou saldo positivo de 764 vagas. Já em 2013, esse número foi de 207, o que representa um crescimento de 269%.
Copa do Mundo
Os preparativos para a Copa do Mundo em Natal são apontados como o principal motivo para os bons números registrados em empregos formais no mês de maio no setor de serviços. “Esse resultado em maio é única e exclusivamente relacionado ao efeito Copa. No mês de maio, geralmente não temos um incremento tão grande como tivemos agora. E em junho também esperamos bons números”, diz o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RN), Marcelo Queiroz.
De acordo com o presidente da Fecomércio-RN, hotéis, pousadas, bares, restaurantes e transportes são os principais responsáveis dentro do segmento de serviços que viabilizaram esse maior número de contratações.
“É o tipo de consumo que é inevitável que o turista não faça durante a Copa. É diferente do comércio, onde o turista ainda pode escolher se quer ou não consumir determinado produto”, avalia o presidente da Fecomércio-RN.
Marcelo Queiroz acrescenta que o mês de junho também deverá render bons frutos, já que a greve dos rodoviários aumentou a demanda para serviços de transportes. “Sem ônibus, os turistas acabam contratando uma vã, um serviço de receptivo ou mesmo táxis”, avalia.
Por outro lado, lembra o presidente da Fecomércio-RN, a greve dos rodoviários deve impactar negativamente nos números de junho para o comércio, setor que no acumulado do ano já registra saldo negativo de 727 empregos em Natal. “Nesses dias de junho poderíamos ter contratando mais no comércio. O segmento foi bastante prejudicado com a questão da greve dos rodoviários”, analisa.
Na semana passada, a entidade chegou a divulgar que a queda nas vendas chegou a 50% no comércio de rua e 20% nas lojas de shoppings, em decorrência da falta de transporte público.
