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Copa: segurança terá 12 mil pessoas

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Roberto Lucena – repórter

Doze mil homens vão atuar nas áreas de segurança e defesa pública durante a realização da Copa do Mundo, em Natal. Exército, Marinha e Aeronáutica serão responsáveis por 4.700 militares enquanto a Força Nacional e todas as polícias vão às ruas com um efetivo de 6.300 policiais. Áreas próximas à Arena das Dunas, Fifa Fan Fest, espaço aéreo e mar terão patrulhamento específico com barreiras físicas  ou linhas imaginárias. Trânsito sofrerá alterações horas antes do início das partidas e as ações preventivas não estarão restritas aos quatro dias de jogos.
Centro de Coordenação de Defesa de Área no 3º Distrito Naval
O esquema de segurança pública visando a realização do Mundial na capital potiguar ainda não está completamente definido. Alguns ajustes dependem de vistorias que ainda serão realizadas e de confirmações quanto à finalização das obras de mobilidade urbana. Um outro ponto ainda é impasse e diz respeito ao aeroporto que estará em operação. Há planejamento para cada um dos aeroportos (Augusto Severo em Parnamirim e Aluízio Alves em São Gonçalo do Amarante) bem como inclui-se na lista de opções a Base Aérea de Natal (Bant).

Embora algumas dúvidas permaneçam sem respostas, outras definições estão pactuadas entre todos os órgãos envolvidos na questão. À frente do processo, está um triunvirato formato por autoridades da defesa e segurança: titular da secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Eliéser Girão; superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte (PF/RN), Kandy Takahashi e o comandante do 3º Distrito Naval, Vice-almirante Marcos Nunes de Miranda. Os três mantêm, há algumas semanas, uma agenda permanente de reuniões. 

#SAIBAMAIS#O objetivo do batalhão de 12 mil  homens oriundos das Forças Armadas, policiais militares, civis, federais, rodoviários e bombeiros é um só: garantir que o evento esportivo transcorra com absoluta tranquilidade. Entretanto, o número expressivo de militares presentes em Natal não será perceptível pela população. É o que garante o almirante Miranda ao frisar que há uma diferença entre defesa e segurança pública. “São coisas diferentes. As Forças Armadas serão responsáveis pela defesa. Já a segurança pública é responsabilidade das polícias. O ideal é que a população nem veja os militares nas ruas”, coloca.

A afirmação do almirante pode parecer estranha, mas há de fato um acordo entre as instituições que respeitam as normas  definidas pelo Ministério da Defesa (MD). O policiamento das ruas e áreas de concentração de torcedores será feito pelas polícias. Homens da Força Nacional também atuarão nesse sentido. O planejamento aponta ainda que esses órgãos são responsáveis pelo controle de possíveis manifestações. Já dentro da Arena das Dunas, apenas segurança particular.

De forma direta, as Forças Armadas só vão atuar em casos extremos, quando o efetivo policial não conseguir controlar a situação. “Teremos uma força de contingência disponível para esses casos. Mas esses homens vão às ruas apenas se a governadora solicitar e a presidenta autorizar”, afirma almirante Miranda.

Embora a ação direta não seja o foco das Forças Armadas, houve – e ainda há – um planejamento extenso para a Copa do Mundo. Nesse sentido, foi criado um centro de Coordenação de Defesa de Área (CDA), no 3º Distrito Naval. A sala é equipada com computadores e monitores ligados ao Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR). “Daqui, vamos observar o que acontece no mar, céu e território de Natal”, explica o almirante. “Mas tenho confiança que não será necessária uma intervenção direta dos militares”, completa.

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