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Coreias retomam acordos e voltam a acenar com a paz

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Seul (AE) – A Coreia do Norte e a Coreia do Sul chegaram a um acordo, a fim de permitir uma nova série de reuniões para famílias longamente separadas pela guerra na península. As reuniões, as primeiras em quase dois anos, estão previstas para o mês que vem. Membros da Cruz Vermelha nos dois países participaram das negociações de três dias, no centro turístico da montanha Diamante, na Coreia do Norte, e combinaram de realizar seis dias de reuniões temporárias, nas quais será possível visitas de um total de 200 famílias no mesmo centro turístico, a partir de 26 de setembro, segundo um comunicado conjunto.

Milhões de famílias se separaram pela Guerra da Coreia, encerrada com um cessar-fogo em 1953, ainda que nunca tenha havido um tratado de paz formal. Atualmente, é possível realizar telefonemas ou enviar correios eletrônicos entre os dois países.

As negociações dos últimos dias são os mais recentes sinais de melhoria na relação entre as nações rivais. O comunicado indicou também que o norte e o sul continuarão analisando assuntos como a reunificação familiar ou questões humanitárias.

A Coreia do Norte se aproximou um pouco de Seul e dos Estados Unidos nas últimas semanas, após várias provocações, incluindo uma série de testes nucleares que resultaram em sanções da ONU. No início do mês, Pyongyang liberou duas jornalistas norte-americanas e um trabalhador sul-coreano, após mais de quatro meses de detenção.

Pyongyang prometeu retomar alguns projetos conjuntos, como as reuniões familiares, paradas desde a chegada do poder do governo conservador em Seul, há quase um ano e meio. Uma delegação norte-coreana foi enviada a Seul, para expressar condolências pela morte do ex-presidente Kim Dae-jung.

Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte convidou altos funcionários dos EUA para o que poderiam ser as primeiras negociações sobre seu programa nuclear desde a posse de Barack Obama, em janeiro. Na sexta-feira, a Coreia do Sul anunciou que Pyongyang liberará quatro pescadores sul-coreanos detidos no mês passado. Eles haviam sido presos após, por acidente, entrarem nas águas comunistas.

Em meados de agosto, a  Coreia do Norte havia concordado em reabrir sua fronteira com a Coreia do Sul e permitir a retomada do turismo. A reabertura foi determinada depois de uma reunião entre o líder da Coreia do Norte Kim Jong-il, e  a presidente do grupo Hyundai, Hyun Jeong-eun.

A Hyundai gerencia o turismo para a Coreia do Norte e opera, junto com o governo do país, uma fábrica perto da fronteira, que é uma fonte importante de renda para o regime de Kim Jong-il. Hyun Jeong-eun também conseguiu a libertação de um funcionário da empresa que estava preso desde março por, supostamente, criticar o governo da Coreia do Norte.

A agência de notícias norte-coreana KCNA informou que, além de permitir o trânsito livre de turistas e viajantes a negócios, também serão permitidas mais reuniões de famílias coreanas – separadas desde a guerra ocorrida entre 1950 e 1953 – a começar a partir do dia de Ação de Graças coreano, no dia 3 de outubro.

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