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Corpos são transferidos de cemitério histórico

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Emoção. Esse foi o sentimento que marcou a cerimônia de remoção dos restos mortais dos 170 corpos que estavam enterrados no cemitério de Baía Formosa, na manhã de ontem. Dezenas de famílias compareceram ao local para prestar homenagem aos seus entes queridos, muitos deles falecidos e enterrados há mais de um século.

Segundo populares, o Cemitério da Praia de Santa Cruz das Areias foi construído logo após a fundação da vila de pescadores, em 1612. Os funerais eram realizados próximos a praia. Era preciso esperar que a maré baixasse para dá passagem ao cortejo. Como não havia caixões, os corpos eram levados e transportados em redes.

“Estou muito emocionada porque o corpo do meu tio estava enterrado aqui. Já faz tanto tempo que nem sei mais onde local exato do sepultamento. Como não encontrei as ossadas vou levar um pouco de areia do cemitério para representar o corpo dele que foi um homem tão bom”, disse a aposentada Maria Duarte Ribeiro, de 68 anos.

Um ato ecumênico, celebrado por um pastor da Assembleia de Deus e por um padre da Igreja Católica marcou o início da remoção dos restos mortais.

“Tenho um irmão e um avô enterrado aqui e o sonho da minha mãe era poder levá-los para outro cemitério porque esse é muito distante da cidade e com o acesso ruim. Nós não tínhamos condições de para por isso, da uma vez que soube custava uns R$100,00. Hoje eu estou muito feliz por está realizando o sonho da minha mãe, que também já morreu”, disse a funcionária pública Márcia Regina da Costa.

A remoção dos restos mortais foi autorizada depois de  uma longa tramitação, que começou em 2004 quando o então prefeito vendeu um terreno de 20,5 hectares, onde está localizado o cemitério, para o grupo B.F Investimentos Turísticos e Imobiliários LTDA.

Em 2005 foi autorizada a desocupação do terreno, mas não foi possível em virtude de problemas administrativos.

No ano passado durante uma audiência pública, as famílias autorizaram a retiradas dos restos mortais de seus parentes. A nova morada dos 170 mortos -enterrados até 1980 quando foi proibido o sepultamento no antigo cemitério – é o Cemitério Parque construído pela Prefeitura de Baía Formosa.

“Cada uma das famílias receberam um jazigo com duas gavetas cada um. O cemitério tem capacidade para mais de 170 corpos. A Prefeitura gastou cerca de R$70 mil e o grupo português também ajudou na construção”, disse o prefeito Nivaldo Melo.

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