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Corte em linhas telefônicas impede marcação em postos

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As marcações de consulta por telefone em postos de saúde do município não estão sendo realizadas. As linhas foram cortadas por falta de pagamento. A internet não funciona. A informação foi confirmada pela diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Sônia Godeiro.

Sem linhas telefônicas, os postos de saúde de Natal não têm como marcar consultasDe acordo com a sindicalista, há, pelo menos, três meses o problema persiste. “Tomamos conhecimento que todas as unidades de saúde apresentam o mesmo problema”.

Sônia afirmou que um motoqueiro está passando nas  unidades e colhendo documentos que poderiam ser enviados por e-mail. “O motoqueiro recolhe os memorandos e outros documentos, em seguida, entrega no distrito sanitário que envia para a prefeitura. Tudo isso poderia ter sido feito via internet, se estivesse funcionando”.

Sônia disse ainda que o problema existe por causa da falta de pagamento. “Sem pagamento, as marcações de consultas ficam comprometidas”. 

Prova disso é o que acontece no Centro de Referência Infantil Doutora Sandra Celeste. O telefone de marcação de consultas não funciona. Também não há internet, porém, os funcionários não souberam dizer se o aluguel do prédio está sendo pago.   

O secretário municipal de saúde Thiago Trindade confirmou que os postos estão mesmo sem  comunicação. “Os telefones das Upas estão funcionando porque as Unidades de Pronto-Atendimento  têm autonomia financeira”. 

Trindade disse que foi feito um contato com a operadora de telefonia Oi devido algumas questionamentos sobre o valor das faturas. “O serviço (telefone e internet) foi suspenso, mas estamos adotando um sistema de internet, 20 vezes, mais potente do que estava sendo utilizado. Será uma rede segura de comunicação interna. O problema já está sendo solucionado”.

Sobre possíveis aluguéis de prédios atrasados, o secretário afirmou que acha difícil ter algum aluguel em débito. “Há como atrasar, porém, não falta recurso”, completa Thiago Trindade. A reportagem da Tribuna do Norte obteve a informação de que alguns prédios alugados pela prefeitura estariam com aluguel atrasado, como por exemplo, o Hotel Ladeira do Sol onde funcionam as secretarias municipais de Saúde e Educação.  

Prefeitura de Natal está com aluguéis atrasados

Além das dificuldades financeiras que a prefeitura de Natal vem enfrentando para manter os serviços de telefonia e internet nas repartições municipais, há também confirmações de que aluguéis de vários prédios onde funcionam essas repartições estão igualmente atrasados.

No âmbito da secretaria de Saúde e de Educação, funcionários municipais já comentam que o proprietário do Novotel Ladeira do Sol, Haroldo Azevedo, estaria pensando em pedir o prédio de volta. A mudança das duas secretarias para o local ocorreu em julho deste ano e ainda não está completa. Faltam serviços de telefonia, equipamentos e internet nas salas.

Procurado pela reportagem da TN para falar sobre os atrasos nos alugueis (a prefeitura paga R$ 126.196,00 mil/mês pelas instalações, sendo R$ 56.196 pela secretaria de Saúde e R$ 70 mil pela secretaria de Educação), Haroldo Azevedo pediu para que a redação enviasse por e-mail as perguntas. A resposta dele, apesar de não citar valores nem prazos, confirma que há alugueis em atraso.

Confira o que diz o empresário: “Como empresário eu compreendo e sou sensível às dificuldades e pelo momento delicado que passam as caixas de todas as prefeituras municipais, e a de natal não poderia ser diferente. Temos assistido à queda de arrecadação dos municípios e às lutas dos prefeitos pela recomposição das perdas do Fundo de Participação dos Municípios. A queda nos repasses trouxe déficits. São constantes os atrasos de folhas de pagamento e as dificuldades para o custeio da máquina administrativa. Limites são impostos pela ultrapassagem do Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas acredito na administração da prefeita Micarla de Sousa e tenho certeza de que brevemente os atrasos serão sanados. Eu entendo que é necessário e urgente uma reforma tributária, incluída ai uma maior participação nos municípios no total da arrecadação nacional, até para não fiquem refém do Governo Federal”.

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