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Cortes afetam 38 cidades do interior paulista

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Sorocaba (AE) – A maioria dos 38 municípios paulistas que serão atingidos pelas restrições na captação impostas pelos órgãos gestores dos recursos hídricos já convive com cortes no abastecimento. Resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo, publicada no Diário Oficial da União de ontem, determina redução de 20% nas captações toda vez que os níveis dos rios Atibaia, Jaguari e Camanducaia, formadores do Sistema Cantareira, entrarem em estado crítico. A medida se estende aos afluentes diretos desses rios.

Em Vinhedo, uma das cidades da lista, a captação no Rio Capivari já é 50% menor que a autorizada, segundo o assessor técnico da empresa de saneamento básico, Jean Spaduzano. “Nossa outorga é de 600 metros cúbicos por hora, mas estamos conseguindo captar apenas 300 metros”, disse. A cidade de 71,2 mil habitantes enfrenta o racionamento desde o final do ano passado. “Precisamos de muita chuva para amenizar essa situação dramática”, disse Spaduzano. Valinhos, outra cidade sob racionamento, também já capta menos água do que a outorga.

#SAIBAMAIS#A restrição vai agravar uma situação que, em geral, já é muito crítica. Medições realizadas às 11h30 desta quinta-feira mostraram que os rios abrangidos pela medida estavam em estado de alerta e com vazão decrescente. O Atibaia, que abastece um milhão de pessoas em Campinas, estava com vazão de 4,07 m3/s e se baixar de 4,0 m3/s a cidade terá de adotar o corte na captação. Nas últimas semanas, vários regiões da cidade ficaram sem água – a razão alegada foi manutenção na rede.

Produtores de frutas e hortaliças das regiões de Campinas, Jundiaí e Bragança Paulista, que respondem por 50% da produção que abastece a Grande São Paulo, preveem queda de pelo menos 20% na produção com o corte na irrigação determinado pelo governo. Sindicatos e associações de produtores rurais afirmam que a queda na produção é inevitável e vai causar falta de frutas e legumes no mercado. “Não tem como produzir hortaliças sem água”, disse a bióloga Ana Claudia Ferreira .

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