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Cortes podem comprometer semestre letivo da UFRN

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Aura Mazda 
Repórter

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), maior instituição de ensino superior do estado, corre o risco de interromper o ano letivo de 2019 por falta de serviços de limpeza e segurança. As medidas são reflexo do corte de 32% anunciado pelo governo federal, ou seja, R$ 48 milhões para manutenção dos serviços e R$ 12 milhões para investimento. A afirmação foi feita pela reitora Ângela Paiva, durante reunião com os representantes de outras universidades federais, na tarde desta segunda-feira (06).   

Reunião entre reitores das instituições federais no Rio Grande do Norte com representantes da bancada federal aconteceu na UFRN


Reunião entre reitores das instituições federais no Rio Grande do
Norte com representantes da bancada federal aconteceu na UFRN

#SAIBAMAIS#Com o corte de verba feito pelo Ministério da Educação, anunciado no último dia 30, a UFRN estuda a possibilidade de fazer dois tipos de corte: o primeiro e menos provável, segundo a reitora, é um corte linear de 32% em todos os gastos, e o segundo é fazer cortes em grandes contratos, que são os de terceirizados – 1.545 pessoas e um gasto de R$ 38 milhões – e o gasto com energia, R$ 20 milhões até o fim do ano. Os terceirizados fazem serviços de segurança, limpeza, suporte técnico e motoristas da universidade. 

“Significa não apenas a inviabilização das universidades, não funcionamos sem pessoas e sem energia, que são os dois grandes contratos que temos. Além da repercussão disso para as famílias no presente e futuro. Vai ser criado um grande problema social com a possível demissão de 1.545 terceirizados. Se esse quadro não se reverter, veremos uma paralisação nunca vista antes nas universidades brasileiras”, alertou a reitora da UFRN.

No caso da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), o reitor Arimatéia Matos, alertou sobre a gravidade do corte, que chega a 36,5%. No local, também existe a possibilidade de demissão de 350 funcionários terceirizados, que fazem serviços de limpeza, segurança e reparos. Também podem ser afetadas as bolsas, pesquisas como iniciação científica, e participação de professores e alunos em atividades externas. “Ainda não entendi qual foi a justificativa do governo para fazer esse corte, nem muito menos o objetivo”, disse o reitor.

No que diz respeito ao IFRN,  foram bloqueados R$ 26.154.174,00 dos R$ 67.380.582,00 aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA/ 2019). O valor representa uma perda de quase 39%. Além disso, são R$ 870.000,00 a menos em recursos aprovados para capacitação. Representantes do Instituto alertaram para o fechamento dos 21campis por falta de dinheiro.

Representantes de universidades e institutos federais do Rio Grande do Norte se reúnem na tarde desta segunda-feira (06), com representantes da bancada federal do RN para debater o corte de 30% na educação pública superior. Em unanimidade, reitores e pró-reitores da UFRN, Ufersa e IFRN, externam preocupação com o corte, que ameaça o funcionamento de todas, com provável de paralisação das atividades antes do fim do ano letivo. O deputado federal Rafael Motta, líder da bancada, explicou que a intenção da reunião foi ouvir os reitores sobre os prejuízos dos cortes na educação. Após isso, as falas serão levadas aos demais deputados e senadores potiguares, para em seguida ser agendada uma reunião com algum representante do governo federal. “Os cortes vão inviabilizar a produção acadêmica no Rio Grande do Norte”, disse Motta.

Número
38 milhões de Reais é o valor dos contratos de terceirizados na UFRN, até o fim do ano.
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