A atual panorama da pandemia do novo coronavírus é de crescimento no Rio Grande do Norte. De acordo com dados do boletim epidemiológico mais atualizado da
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), 101 pacientes estão
internados na rede privada em leitos específicos para o tratamento da Covid-19. O número é 53,03% maior ao registrado na semana anterior, quando 66 pacientes ocupavam leitos de unidades particular do RN.
Os dados constam nos boletins epidemiológicos da Sesap de nº 219 e 225, correspondentes aos dias 16 e 23 de novembro, respectivamente. O
número vem crescendo nas últimas semanas e chamou atenção de gestores
de hospitais particulares, que reabriram alas exclusivas para tratamento
da Covid-19, o que foi usual entre abril e agosto.
Dos 101 pacientes internados em leitos privados, 60 estão em leitos de terapia intensiva, que atingiram 39,2% da ocupação do total de leitos dessa tipificação da rede privada.
Leitos públicos
A ocupação de leitos também subiu na rede pública. De acordo com a a plataforma Regula RN, sistema que monitora a situação de entradas e
saídas de pacientes, 48,73% dos leitos críticos públicos (ou privados contratualizados) estão ocupados.
Atualmente,
o Rio Grande do Norte conta com 197 leitos críticos em funcionamento
para receber pacientes com covid-19, sendo 96 ocupados. O número de
leitos ocupados, inclusive, voltou a ultrapassar o de leitos disponíveis
(93). Cinco pacientes aguardavam na fila de espera por um leito de
crítico até o fechamento da reportagem.
Já
em relação aos leitos clínicos, que são aqueles para casos de menor
gravidade mas que ainda carecem de atendimento, são 261 em todo o RN.
Destes, 85 estavam ocupados. Além deles, são 132 disponíveis e 44
bloqueados. Três pacientes aguardavam na fila de espera por uma
alocação.
De acordo com
os dados, na divisão por região, o Oeste está com maior ocupação, com
55,9%. O panorama representa uma ligeira melhora, já que a região chegou
a ter 65,5% de ocupação no sábado. No Seridó, crescimento. Os leitos
que circulavam entre 20% e 30%, chegaram a 41,7% da ocupação. Por fim, a
região metropolitana permanece estável, com ligeiro crescimento para
uma ocupação de 50%.