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CrediAmigo apóia microempresários

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MICROCRÉDITO - Maria Florismar conseguiu captar dinheiro para aplicar em sua fábrica de confecções e sua loja na Zona Norte

Trabalhadores autônomos e microempresários que atuam quase sempre no mercado informal têm optado cada vez mais pelo Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado do Banco do Nordeste (CrediAmigo) no Rio Grande do Norte. O BNB fechou o ano de 2005 com 12.400 clientes ativos e aplicação total de R$ 29 milhões a partir do CrediAmigo. O superintendente regional do BNB, José Maria Vilar, considera impressionante o índice de inadimplência, inferior a 1% (0,64%).

O CrediAmigo oferece pequenos empréstimos de maneira rápida e sem burocracia para microempreendedores que necessitem de dinheiro e orientação para investir na aquisição de equipamentos, insumos ou capital de giro. O Programa permite o acesso da população de baixa renda ao crédito, evitando a dependência de agiotas que cobram altas taxas de juros.

Uma das formas de obter o crédito é através do aval solidário, através da qual três a dez microempresários interessados no crédito formam um grupo que se responsabiliza pelo pagamento integral dos empréstimos. O empreendedor recebe a visita de profissionais do BNB no estabelecimento comercial antes da aprovação do crédito.

O empréstimo é liberado de uma só vez em no máximo sete dias úteis após a solicitação. Os valores iniciais variam de R$ 100,00 a R$ 2 mil, de acordo com a necessidade e o porte do negócio. De acordo com a relação entre o banco e o cliente, onde são analisadas questões como adimplência, os empréstimos podem ser renovados e evoluir até R$ 8 mil, dependendo também da capacidade de pagamento e estrutura do empreendimento.

O dinheiro, segundo os técnicos do BNB, não garante, sozinho, o sucesso pretendido pelo microempresário. Por isso o Banco disponibiliza serviços de assessoria empresarial para os clientes do CrediAmigo com o objetivo de integrá-los ao mercado de forma competitiva. O objetivo da assessoria técnica é minimizar as possibilidades de fracasso, que certamente resulta em um eventual motivo de inadimplência.

“O cliente do CrediAmigo tem a oportunidade de obter empréstimos para aumentar o capital de giro e realizar investimentos no seu empreendimento, com juros e prazos compatíveis, contando ainda com toda a orientação de um assessor de crédito, mediante visitas periódicas. O Programa proporciona crescimento constante do seu negócio e melhoria da condição de vida.” Liliana Fernandes Arruda, gerente regional do CrediAmigo para o RN.

O prazo de pagamento dos empréstimos contraídos através do CrediAmigo varia de até seis meses para capital de giro e 18 meses para investimento fixo, ambos sem carência. A pessoa ou grupo que contrai o empréstimo pode efetuar pagamentos fixos semanais, quinzenais ou mensais. De acordo com o contrato da linha de crédito, é cobrada uma taxa de juros suficiente para cobrir os custos financeiros de captação, custos operacionais e riscos de crédito.

O objetivo, segundo o Banco do Nordeste, é permitir a continuidade e expansão do CrediAmigo à população socialmente excluída. A garantia oferecida ao banco provém de cada integrante do grupo.

Programa tem grande alcance social

O Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado do Banco do Nordeste (CrediAmigo) é um recurso empresarial que ajuda a microempresária Maria Florismar da Silva e Silva, de 52 anos, a manter a fábrica e a loja de confecções que funcionam anexas à residência dela no bairro de Nova Natal, zona Norte da capital. O dinheiro captado desde dezembro do ano 2000, quando contraiu o primeiro empréstimo junto ao Banco do Nordeste, é utilizado como capital de giro.

Maria Florismar trabalha desde os 14 anos no ramo de confecções. A jornada de trabalho era longa porque trabalhava como empregada de uma tradicional loja de confecções em Nata e à noite, após o expediente, destinava horas à produção de roupas na própria residência. O esforço que antes servia de complemento à renda familiar tornou-se uma excelente oportunidade de negócio.

Até que Maria Florismar resolveu deixar o emprego e investir em uma micro fábrica de confecções, em uma sala da residência, que servia de área de produção e comercialização dos artigos femininos, masculinos e moda infantil. Cada pequeno ou micro empresário com uma história – quase sempre com as dificuldades típicas de quem resolveu ser dono do próprio negócio – que se encontra na necessidade do crédito em condições diferenciadas.

Ela é uma das clientes do Banco do Nordeste responsável por ao menos 15 das 151.709 operações acumuladas até 2005.

A microempresária conta que ao deixar o emprego percebeu a necessidade de buscar assessoria técnica para frustar a idéia de tornar-se empresária. O Sebrae foi um dos primeiros caminhos. A necessidade pelo crédito específico para capital de giro veio depois que ela investiu na aquisição das máquinas, à época do Programa Balcão de Ferramentas, que possibilitava a aquisição de implementos de forma diferenciada.

O número de encomendas aumentou e percebeu que além de produzir, era necessário instalar uma loja, onde poderia obter uma lucratividade maior porque estaria agregando valor ao produto. A loja Flor e Confecções foi montada e a empresária contava com a ajuda dos dois filhos.

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