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Crédito para Dunga

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Agnelo Alves
Jornalista

Não opino sobre a escolha de Dunga para técnico da Seleção Brasileira. Acho apenas que, sendo um cargo com encargos significativos, quando não fundamentais para o amor próprio dos brasileiros, para mim, mais importante do que o nome escolhido são os fundamentos da escolha. Quais?

Não me convence o que foi dito por quem escolheu. Sou um brasileiro entre duzentos milhões de outros que sofreram com a aberração imposta pela Alemanha com o placar até hoje inacreditável de 7×1. A derrota, em si, não seria atribuída apenas ao técnico Felipão. Vencer, empatar ou perder são resultados próprios de qualquer jogo de futebol. Mas levar uma surra de 7×1, dentro de casa, em um jogo decisivo da Copa do Mundo é humilhante. Tanto que, no jogo seguinte, contra a Holanda, a derrota – 3×0 – não magoou a torcida de duzentos milhões de brasileiros.

Prefiro, portanto, acompanhar os resultados do trabalho de Dunga. A convocação dos jogadores. Ponto um. Os resultados dos próximos amistosos já anunciados. Ponto dois. As razões da escolha de cada jogador. Ponto três.

Abro um largo crédito para Dunga. Nunca fui um derrotista. Nem, tampouco, um otimista irresponsável. Sou extremamente justo para não sofrer depois com os resultados negativos, mesmo os aceitáveis como próprios do futebol.

Vamos lá, Dunga!

Campanha presidencial
Falou o Ibope. No frigir dos ovos, não assegura se vai haver segundo turno ou não. A soma de votos de todos os candidatos mostra o que parece um “empate técnico”. Mas se houver um segundo turno, o IBOPE mostra que a presidente Dilma poderá disputar tanto com Aécio Neves como com Eduardo Campos.

Os números e percentuais estão amplamente divulgados pela mídia televisionada, escrita e radiofônica. As diferenças do Datafolha são inexpressivas. No resultado, iguais, Datafolha e IBOPE. Mas há de se convir: a campanha está apenas começando. Dilma parou de descer? Vamos acompanhar também.

Campanha governamental

No que toca à campanha governamental, aqui no Estado, as várias tentativas para radicalizar não pegaram. Aos dois principais candidatos não parece interessar. Henrique tem dado demonstrações claras e repetidas de que prega a união já na campanha. Se chegar ao Governo, quer essa união reforçada, sem perda do dever de oposição pelos que não lograram êxito eleitoral. Deseja que seja mais forte o dever de ajudar o Rio Grande do Norte. Robinson está na luta para convencer que pode ganhar.

Realmente, se o próximo governo não começar a união para governar, o eleito vai ter dificuldades multiplicadas. A situação do Rio Grande do Norte nunca foi tão grave – fala-se com toda razão – em educação, saúde e segurança. O Estado faliu. Tirar o Governo da falência não é trabalho só de governador. É uma decisão que deve ser assumida por todos os poderes, o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, além do Ministério Público, do Tribunal de Contas e do povo.

Não haverá milagre.

Raios de influência
Se der Dilma na roleta, Henrique Eduardo é o norte-rio-grandense mais forte. Se o presidente for Aécio Neves, o senador José Agripino será ministro da pasta que escolher. Já é o coordenador geral da campanha do tucano. Se o presidente for Eduardo Campos, o prestígio será dividido entre Wilma e Robinson, se eleitos, sem queda de braços entre os dois.

A roleta gira.

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