sexta-feira, 29 de março, 2024
27.1 C
Natal
sexta-feira, 29 de março, 2024

Crescimento do cajueiro está sem solução

- Publicidade -

PIRANGI - O maior cajueiro do mundo continua crescendo e invadindo as pistasO governo do Estado ainda não tem uma solução para a invasão da RN-063 pela copa do cajueiro de Pirangi. O maior cajueiro do mundo continua crescendo e invadindo cada vez mais as duas mãos da rodovia, mas o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) não sabe como vai resolver o problema. A poda da planta foi suspensa desde 2000, por orientação de especialistas.

Desde então, o cajueiro que é um dos mais admirados e queridos pontos turísticos do estado tem crescido da forma mais natural, e hoje toma quase a metade das duas pistas da RN-063. O trânsito no local é lento e muitos carros acabam arrancando as folhas e galhos da planta frutífera. Mas moradores, comerciantes e prestadores de serviço do local são unânimes em defender o cajueiro. “Não é o cajueiro que está invadindo a pista. É a pista que está no caminho do cajueiro”.

O diretor geral do DER, Jader Torres, se diz preocupado com a questão e que o setor técnico do departamento está estudando formas de solucionar a questão, mas por enquanto, tudo não passa de avaliações. “Estamos preocupados porque o cajueiro continua crescendo, mas não temos nada a apresentar”. Segundo Jader, a dificuldade maior de se resolver o problema acontece no sentido Pirangi-Natal da rodovia, pois as casas ficam muito próximas ao mar.

“Ali é muito complicado. Porque além de envolver desapropriações e indenizações, aquelas casas têm na pista sua única forma de acesso. Além disso, a nova pista ficaria muito perto do mar e a solução seria por tempo determinado”, disse o diretor do DRE. Segundo ele, do outro lado da pista, no sentido Natal-Pirangi, a solução seria iniciar um contorno antes do cajueiro, mas as desapropriações também seriam um obstáculo. “A solução imediata seria cortar, mas em se tratando do cajueiro, não podemos nem pensar nisso. Ele é um símbolo emblemático.

Atualmente o cajueiro e as atividades comerciais e turísticas que o cercam são administrados pela Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim (AELP), cujo presidente se mostra defensor ferrenho da planta gigantesca. Mauro Luiz Nogueira conta que mandou cessar o corte dos galhos quando assumiu o cargo, depois de consultar várias autoridades no assunto. “O cajueiro estava muito doente. Por isso contratei dois agrônomos, que dizem que fazer a poda seria prejudicial. O Ibama e o Idema dizem a mesma coisa”. Segundo os agrônomos contratados pela AELP, a poda constante da planta causaria uma paralisação no crescimento e morte da planta logo em seguida.

Além da questão biológica, Mauro usou a importância turística do cajueiro para justificar a interrupção das podas. O fato de tantas pessoas trabalharem junto ao cajueiro e dependerem dele para sobreviver – além do encantamento que ele desperta em turistas e potiguares – faz com que todo mundo seja contra as pistas, não contra o grande pé de caju.

Segundo o presidente da Associação, a prefeitura de Parnamirim já se ofereceu para resolver o problema, construindo novas ruas no local, mas o DER não teria dado importância. “O prefeito Agnelo Alves disse aqui  que tem todo o interesse em manter o cajueiro como está e que não é favorável à poda”. A AELP também já mandou comunicados ao DER, se retirando da responsabilidade, caso alguém venha a se acidentar no local.  

Dois bugueiros que trabalham no local falaram por moradores e veranistas. Segundo eles, todos defendem o cajueiro como ele é, mas pedem que providências sejam tomadas em relação à rodovia.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas