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“Cria” potiguar

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“Cria” potiguar

No próximo dia 24, Natal vai estar no centro do futebol nordestino com o evento de lançamento e sorteio dos grupos da Copa do Nordeste 2016, com ABC e América representando o futebol potiguar. Segundo Luciana Antunes, gerente de eventos do Esporte Interativo, o evento programado para um hotel da Via Costeira será recheado de atrações, com as presenças dos clubes participantes, atletas, treinadores, representantes de todas as federações, CBF, shows e uma atração internacional ligada ao futebol  que os organizadores estão tentando fechar. A Copa do Nordeste é sem nenhuma dúvida uma conquista que precisa ser lembrada a cada edição. Lembrar que a luta pela manutenção da competição partiu de Natal, partiu do que muita gente afirmava na época, uma utopia, um delírio de Eduardo Rocha. Eu vejo a Copa do Nordeste como uma “cria” potiguar, o que tem hoje e todo mundo aplaude, um filho bonito, sadio e bem criado, já foi um filho enjeitado por clubes, federações e boa – e bote boa nisso – parte da imprensa potiguar e nordestina. Inicialmente só e depois com o apoio decisivo do presidente da FNF, José Vanildo, o dirigente Eduardo Rocha conseguiu furar o bloqueio da CBF sem abrir mão da briga que corria na justiça, até que a entidade resolveu chancelar a competição que hoje é um sucesso. Quem não lembra da posição das federações pernambucana, baiana e cearense, e dos principais clubes deste estados que quando aceitavam disputar a competição colocavam para jogar o segundo ou terceiro time? Quem não lembra das várias tentativas dos cartolas de Pernambuco, Bahia e Ceará de esvaziar a competição, compactuando com o crime que a CBF cometeu naquela oportunidade?  Eu não canso de afirmar e reafirmar, que se a Copa do Nordeste, hoje com o apoio decisivo do Esporte Interativo é um sucesso e serviu de incentivo para a Copa Norte e está movimentando clubes e federação do sul e sudeste para a volta da Sul-Minas, ela deve e deve muito ao trabalho que começou com Eduardo Rocha e José Vanildo. Ignorar ou menosprezar o esforço dos dois para manter a viva a competição, é uma injustiça sem tamanho. Hoje todo mundo aplaude, ovaciona e quer a Copa do Nordeste, mas quem como eu, acompanhou a competição desde o inicio, e lembra das edições do final dos anos 90, sabe bem do que estou falando. O problema é que alguns tem memória curta e outros preferem ignorar, mas a Copa do Nordeste só está neste patamar, porque em Natal  capital do Rio Grande do Norte, dois dirigentes não permitiram a morte da competição.

Não tem jogo fácil

Frase é surrada, batida e vez por outra está na boca de treinadores e jogadores, mas não deixa de ser uma afirmação verdadeira. Vejam o jogo deste domingo, 18h na Arena das Dunas entre América x Vila Nova pela Série C do Brasileiro. Jogo fácil? De jeito nenhum, penso que teremos um  confronto equilibrado e que deve ser um dos mais complicados para o América. O histórico de confrontos entre as duas equipes mostra este equilíbrio e é uma decisão para os dois lados. Os goianos querendo afirmação no G4 e a confirmação antecipada da classificação para a segunda fase, com o América precisando vencer para confirmar a vaga e enxergar mais de perto a fase de mata-mata. Um único desfalque no América, que é do volante Zé Antônio Paulista e pelos menos duas opções para o treinador preenche-lo. Uma, que é na minha avaliação a mais lógica, com a entrada de Léo Gago, outra, levar Maguinho para a intermediária fazendo a estreia de Nininho na ala direita. Com o retorno de Thiago Potiguar eu faria a entrada dele no ataque com Pardal e Max, mantendo assim a base, a estrutura de time que vem disputando a competição. Entendo que não existe espaço para experiência e nem é hora de grandes mudanças. Não tem jogo fácil, e o deste domingo, se enquadra bem nesta afirmativa, ainda que ela seja uma velha conhecida de quem está no futebol.

Nada de Brasília

Na quinta-feira, o assessor da presidência do ABC, Stênio Dantas, revelou que o clube foi procurado por empresários interessados em levar o confronto contra o Botafogo, marcado para a 37ª rodada do Brasileiro, para a Arena Mané Garricha em Brasília, o que foi descartado pelo clube potiguar.  Não sei qual o valor da proposta dos empresários, mas entendo que o ABC agiu de forma acertada. Ninguém sabe qual será a situação do alvinegro potiguar na penúltima rodada do campeonato, pode estar definido para cima ou para baixo ou pode chegar brigando, e neste caso, mesmo sendo contra o Botafogo, o fator local influencia e muito, ainda mais com o jogo na Arena das Dunas.

Agressão

A forma como Betinho, jogador do Paysandu subiu para disputar a bola com Edson do Fluminense, foi no mínimo irresponsável. No dia seguinte, Betinho ligou, pediu desculpas, usou as redes sociais para dizer que não teve a intenção de machucar o colega de profissão e tal, mas foi uma agressão. Acredito que não houve dolo, que ele não subiu para agredir, mas foi irresponsável na forma como partiu para o lance. Já passou da hora do STJD ser mais rigoroso com este tipo de jogada e com outras ainda mais violentas. O agressor independente deveria ser penalizado com a suspensão igual ao período em que o agredido vai ficar impedido de trabalhar. Seria uma maneira de frear este tipo de ação.

Ditadura do apito Eu sei que tem jogador que exagera, que solta o palavrão e o xingamento para cima do árbitro, mas o que estamos vendo neste Campeonato Brasileiro em todas as divisões, é uma verdadeira ditadura do apito, e o caso mais recente envolvendo nossos clubes, foi a expulsão de Ronaldo Mendes na partida contra o Oeste em Osasco.  Uma coisa é coibir a violência, o que é louvável sob todos os aspectos, outra bem diferente é a implantação da ditadura do apito. Hoje o camarada não sabe se pode  reclamar e nem sabe  como se dirigir ao árbitro. Palavrão dentro do campo sempre existiu, xingamento idem, mas o árbitro levar tudo ao pé da letra, expulsar e levar o cara ao STJD por um “vai tomar no….” é uma exagero monstruoso. E os erros de arbitragem, os pênaltis mal marcados? Contra estes erros ninguém faz absolutamente nada. Clubes reclamam por reclamar,sabem que não dá em nada.

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