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Criatividade que gera riquezas

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A criatividade inerente à maioria dos profissionais que exploram a arte e a cultura como mecanismos de transformação educacional e social pode também ser uma importante aliada do desenvolvimento econômico de uma localidade. No Rio Grande do Norte, números dos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam a ascensão do segmento através das atividades culturais, recreativas e esportivas que fizeram circular, somente em 2016, cerca de R$ 241,4 milhões no Estado. A economia criativa tem mostrado cada vez mais sua força e contribuído significativamente para a expansão positiva dos números do setor cultural.
O artesanato é um dos focos dos editais de economia criativa lançados pelo Sebrae/RN este ano para fortalecer a cadeia produtiva
O artesanato é um dos focos dos editais de economia criativa lançados pelo Sebrae/RN este ano para fortalecer a cadeia produtiva
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“A cultura, como economia criativa, ela já provou ao mundo sua importância. Alguns mapeamentos tributários mostram que 3% do PIB mundial se dá para a economia criativa. No Brasil, em 2016, estava em torno de quase 3% do PIB também. Isso, do ponto de vista da formalidade. Porque a informalidade ainda é o maior porcentual que está correndo por fora. No campo do consumo, da arquitetura, da moda, do design e também na outra ponta, onde se tem o espaço da tecnologia ligada à biotecnologia, à mídia, à editoração e audiovisual e há, ainda, um quarto grande espaço que é exatamente a cultura que entra com as artes e a diversidade. Esses três grandes campos da economia criativa estão impulsionando todos esses eventos e suas cadeias produtivas”, destaca o secretário municipal de Cultura, Dácio Galvão.
Em abril deste ano, o Sebrae/RN lançou o Edital de Economia Criativa 2019, que contempla  R$ 500 mil para apoiar iniciativas nas áreas de música, audiovisual, artes visuais, editoração e artesanato e artes cênicas, essa última engloba também os projetos na área de dança. O resultado está programado para ser divulgado no início de junho.
O edital foi dividido em duas modalidades, uma delas é a de acesso a mercado, que visa justamente contribuir para a realização de feiras e eventos. Serão apoiados até dez projetos com um valor de R$ 20 mil para cada, o que soma um montante de R$ 200 mil, especialmente voltados para essa finalidade.
Já, para a modalidade apoio, estão reservados recursos da ordem de R$ 300 mil, que devem servir para o desenvolvimento ou aprimoramento de produtos e serviços culturais. Serão selecionados 31 projetos nessa modalidade. Devido à demanda de edições anteriores, a categoria ‘Música’ terá o maior número de projetos a serem aprovados  – 12 – e receberá um aporte financeiro no valor total de R$ 120 mil, sendo R$ 10 mil por projeto. De acordo com a gestora do edital, Ana Ubarana, caso não seja completada a cota de projetos de música, o valor restante será redistribuído entre as demais categorias, de forma a aplicar todo o recurso nos projetos inscritos.
Outros R$ 50 mil serão destinados aos cinco projetos de ‘Audiovisual ‘e R$ 45 mil para três projetos de ‘Artes Cênicas’. O Sebrae espera aprovar cinco projetos na área de ‘Artesanato’, cada um com R$ 5 mil. As categorias ‘Editoração’ e ‘Artes Visuais’ poderão ter até três iniciativas selecionadas cada uma, sendo destinados no total R$ 60 mil, que serão divididos entre os seis projetos aprovados. Como neste ano a temática é livre, os projetos poderão abranger qualquer tema, diferente das edições passadas, que tiveram tema prioritário.
“A decisão que tomamos lá, atrás, de criarmos esse edital, foi acertada. Já investimos mais de R$ 1,5 milhão nessa área, pois entendemos que os projetos na área cultural também são negócios. Este edital é uma prova de reconhecimento da importância do segmento e uma forma de democratizar o acesso aos investimentos na cadeia da economia criativa”, disse o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, que falou em nome da diretoria executiva.
Importância
O diretor da Casa da Ribeira, Henrique Fontes, destaca que a produção cultural tem um potencial surpreendente de geração de renda, emprego e transformação social a partir de novos negócios. “A economia criativa pode, sim, gerar muitas riquezas e empregos por ser uma cadeia produtiva mais justa e igualitária. A economia criativa tem, além do valor financeiro, o simbólico. Se integra o desenvolvimento humano, cria-se uma relação com o público, com a educação, as pessoas interagem, potencializa cooperativas de artesanato. É preciso enxergar a cultura como parte da agenda de desenvolvimento do Estado”, ressalta. 
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