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Crise na Europa não diminuirá fluxo de turistas para o RN

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A crise financeira que vem atingindo a Europa, em particular a Grécia, não deverá diminuir o fluxo de turistas que chegam a Natal durante os meses de  julho e agosto, período de férias naquele continente, e mesmo com o conturbado quadro econômico, Natal receberá cinco voos charteres semanais vindos de diferentes países europeus. A previsão é de entidades ligadas ao turismo potiguar, como a Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur), Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

George Gosson: turismo ainda não sentiu efeitos dos problemas na Europa, mas não está livreO presidente da Emprotur, Gustavo Porpino, e a presidente da Abav no RN, Ana Carolina Costa, são taxativos ao afirmar não acreditarem que a crise na Europa possa diminuir a quantidade de visitantes que vêm de países europeus para o Rio Grande do Norte. Segundo Porpino, o fluxo de turistas será mantido porque os europeus têm o hábito de planejar suas férias com certa antecedência. Dessa forma, quem irá viajar nos próximos meses de julho e agosto já deve ter pago os pacotes há algum tempo, bem como separado uma parte de seus rendimentos para gastar durante o passeio.

Para a presidente da Abav, a crise não deverá ter reflexos no estado, pela Grécia não ser um dos principais destinos emissores de turistas para o Estado. Com relação à ida de brasileiros para o país europeu, Ana Carolina Costa afirma que os potiguares continuam buscando pacotes de viagem para a Europa. “As agências de viagens de Natal nunca venderam tantos pacotes para cruzeiros pelo Mediterrâneo, inclusive para a Grécia”, destaca a presidente da Abav.

Já o presidente em exercício da representação norte-riograndense da  ABIH, George Gosson, é mais comedido e, apesar de confirmar que o Estado não vem sentindo efeitos da crise, diz que isso poderá vir a ocorrer nos próximos meses. Ele aponta a desvalorização do euro e o sentimento de insegurança da população, como causas que podem levar os europeus a virem menos ao RN.

Entretanto, Gosson chama a atenção para a crise política em que se encontra a Tailândia (desde março passado, o país tem sofrido com violentas manifestações entre opositores e partidários do governo, causando destruição e morte na capital Bangcoc). De acordo com ele, muitos turistas que iriam para o país asiático podem passar a optar pelo Nordeste brasileiro. “Quando ocorreu o tsunami na Tailândia, no finalzinho de 2004, Natal registrou um aumento de turistas, principalmente escandinavos”, lembra.

Crise

A crise européia teve início em fevereiro deste ano. O estopim foram problemas fiscais da Grécia, que estava às voltas com um deficit público muito pesado para administrar sem ajuda externa e com o risco iminente de calote. Quando os mercados tomaram consciência dos problemas, outros países da zona do euro – que adotam a moeda europeia – com as finanças em estado tão problemático quanto a nação grega ganharam destaque, como Espanha, Portugal e Irlanda.  Para fazer frente à crise de 2008, países europeus realizaram pesados gastos públicos e agora precisam  arcar com a deterioração de suas contas nacionais.

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