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‘Crise não atrapalha ritmo do Brasil’

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Paris e Brasília (AE) – Nem mesmo o cenário internacional adverso perturba o objetivo do Brasil de voltar a crescer ao ritmo de 5% a partir de 2012, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Não tem nada fora de controle na economia brasileira”, afirmou ele, em passagem por Paris. Protagonista da mais forte desaceleração entre 35 países analisados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nos últimos 12 meses, o Brasil reacelera quando o governo quiser. É o que garante o ministro.

Para ele, a perda de ritmo da atividade econômica é fruto das medidas prudenciais, como a alta dos juros no início do ano, e não vão impedir que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça entre 3,5% e 4% em 2011. Para Mantega, ainda é possível crescer 4%, meta que o governo “vai continuar perseguindo”. “A economia brasileira tem condições de acelerar se o governo quiser. Nós temos controle do nível da atividade. Desaceleramos a economia e podemos acelerá-la”, reforçou ainda.

A previsão de crescimento da economia entre 3,5% e 4% significa uma revisão na previsão do Ministério da Fazenda. A estimativa oficial, usada nos relatórios do governo, ainda é de 4,5%. A projeção está muito descolada das que vêm sendo feitas por analistas de mercado, que projetam uma expansão do PIB de 3,5%. Em função das incertezas do cenário externo, o Banco Central já havia revisado de 4% para 3,5% a projeção de crescimento da economia este ano. No final de setembro, o próprio Mantega, disse que o PIB poderá ficar entre 3,8% e 4%. A nova previsão oficial será divulgada em novembro, quando o governo encaminhará ao Congresso mais um relatório bimestral com projeções de receitas e despesas

Programada

Mantega não respondeu quando questionado se a desaceleração registrada na economia brasileira havia sido muito maior que o esperado. Em lugar de um “sim” ou “não”, respondeu que “a desaceleração foi programada”. “No início do ano, todo mundo dizia que a atividade estava muito aquecida. O governo tomou varias iniciativas no sentido de atenuar, mesmo porque estávamos num cenário inflacionário. No segundo e no terceiro trimestre, houve uma desaceleração da atividade.”

Mas, garante o ministro, a atividade vai acelerar no quarto trimestre. “Acredito que, a partir deste mês, já tenhamos uma aceleração do nível de atividade, de modo que possa ir para um nível de PIB entre os 3,5% do Banco Central e os 4% da Fazenda, que estamos trabalhando.”

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