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Crítica avalia novela sobre um rei no sertão nordestino

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Valério Andrade – crítico de Televisão

De saída, uma constatação: a nova novela das seis (Globo) começou (muito) melhor do que “Araguaia”. Resta esperar – e torcer – para que a boa impressão dos primeiros capítulos não se transforme em decepção, daqui para frente.

Livre dos clichês políticos da novela de Walther Negrão, “Cordel Encantado”, escrita por Telma Guedes e Duca Rachid, retoma a fórmula do folhetim consagrada por Alexandre Dumas. A ideia de colocar a realeza de um pequeno e fictício país europeu (Seráfia do Norte), no sertão nordestino, além de boa, é uma inovação temática.

Como nas aventuras de capa-e-espada, existe um mistério e as intrigas da corte, aqui também englobado as ambições dos habitantes da pequena Brogodó. O mistério, que não é oculto do telespectador, é o paradeiro da filha do Rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia), que ele suponha morta e ficou sabendo que estava viva.

A vilã da corte é a duquesa Úrsula (Deborah Bloch), cunhada do Rei, que esperava casar a filha, Carlota (Luana Martau), com o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo), cujo matrimonio fora desfeito no altar. O vilão palaciano é Nicolau Bruguel (Luiz Fernando Guimarães), mordomo da corte, comparsa (e amante) da bonita e cruel Ursula.

A nossa Cinderela nordestina, Açucena (Bianca Bin), naturalmente, desconhece o seu passado, isto é, que é a princesa Aurora, a filha que o Rei Augusto procura. Ela é enamorada de Jesuino Araújo (Cauã Reymond), que, por sua vez, desconhece que é filho do famoso e temido cangaceiro. O vilão do núcleo romântico é Timoteo Cabral (Bruno Gagliasso), um conquistador mau caráter, que disputa com Jesuíno o coração e o corpo de Açucena.

A visualização de “Cordel Encantado” é caprichada e os cenários da corte de Seráfia do Norte, assim como os figurinos da família real, estão à altura das produções estrangeiras. Pertencente ao núcleo de produção supervisionada por Rogério Gomes, o ritmo da novela é bom, e, por enquanto, sem apresenta as enfadonhas repetições de “Araguaia”.

Neste começo de novela, talvez à espera do crescimento da personagem (Dora), Nathalia Dill, depois da consagração de “Escrito nas Estrelas”, está mais para coadjuvante do que para estrela. Em compensação, Carmo Dalla Vecchia começou melhor do que esteve em outras novelas.

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