Sancionada em maio pela prefeita Micarla de Sousa, a lei sobre o uso da homeopatia é de autoria do presidente da Câmara Municipal, Edivan Martins, e propõe que a medicação seja ministrada nas comunidades da capital potiguar em que ocorrem os maiores índices de infestação da doença.
“Recebemos essa lei com muita preocupação, pois sem comprovação científica não há como empregarmos um medicamento na população para o tratamento de uma doença epidêmica como a dengue. Desta maneira, o conselho se preocupa com as conseqüências que isso pode trazer”, disse o médico, acrescentando que o departamento jurídico da entidade estuda entrar na justiça para derrubar a decisão.
Para o presidente do CRM/RN, a administração municipal deve se ater ao tratamento indicado pelo Ministério da Saúde, e que consiste na aplicação de medicação sintomática e na hidratação do paciente.
De acordo com o vice-presidente da Associação Norte-Riograndense de Infectologia, Ênio Lacerda, não existem estudos na medicina mundial que comprovem que o uso da homeopatia seja eficaz no tratamento da dengue.
Confira a entrevista com o presidente do CRM:
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