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CTG Brasil estuda projetos para o Rio Grande do Norte

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A CTG Brasil, parte da China Three Gorges Corporation – maior produtora de energia hidrelétrica do mundo – confirmou nesta sexta-feira (15) em Natal planos de expansão no setor elétrico do Rio Grande do Norte, Estado que já concentra mais da metade da potência instalada em parques eólicos com investimentos da companhia e que é sede, desde a última quinta-feira, do primeiro escritório de inovação da empresa no Nordeste.
A empresa CTG Brasil instalou na última quinta-feira, no Rio Grande do Norte, o seu primeiro escritório de inovação do Nordeste
“Estamos neste momento estudando vários projetos para aquisição e implementação futura e o Rio Grande do Norte é um dos lugares, em eólica, onde estamos com muitas conversas em andamento”, afirmou o diretor de Estratégia e Desempenho Empresarial da CTG Brasil, Silvio Scucuglia, sem revelar detalhes como valores ou localização dos empreendimentos.
As perspectivas de crescimento na área foram divulgadas durante visita aos laboratórios do Hub de Inovação e Tecnologia do Senai-RN, onde a empresa instalou quinta-feira (14) um escritório de inovação e lançou, junto com o Senai e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), a maior chamada pública do País para apoio a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em hidrogênio verde.
Hidrogênio verde
Conhecido como “combustível do futuro”, o hidrogênio verde, ao contrário dos demais, é produzido com o uso de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, em vez de utilizar combustíveis fósseis. “Esse hidrogênio é uma aposta que a gente está fazendo, uma tecnologia, uma cadeia de valor que está crescendo muito e atraindo a atenção do mundo e que na China já está inserida em várias frentes nas linhas de pesquisa e de investimentos da CTG”, disse Scucuglia.
“Aqui no Brasil enxergamos que essa tecnologia pode se tornar complementar aos negócios que temos, não só como negócio independente, que tem potencial para ser uma unidade dentro do grupo, mas também para apoiar, e ter sinergia, com as outras fontes e os outros negócios do grupo”, afirma.
Inovação
A Chamada Pública “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, lançada junto com o Senai em Natal, tem R$ 18 milhões disponíveis para impulsionar soluções em energia limpa com foco na produção, armazenamento, distribuição e novas fontes, mas também em outras áreas que compõem a cadeia de hidrogênio verde, como mobilidade, indústrias e agricultura.
Instituições de Ciência e Tecnologia públicas ou privadas, empresas de diferentes portes, startups e agências de fomento para projetos de P&D+I podem candidatar projetos para avaliação. O prazo de inscrições vai de 22 de outubro a 19 de novembro, por meio da Plataforma Inovação para a Indústria: http://www.portaldaindustria.com.br/canais/plataforma-inovacao-para-a-industria/.
Segundo informações disponíveis no regulamento, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis vai atuar na estruturação e curadoria dos projetos recebidos de acordo com o edital. Os projetos terão prazo máximo de execução de 36 meses, a partir da assinatura do contrato de desenvolvimento de trabalho técnico e científico.
O lançamento da Chamada foi realizado durante inauguração do Habitat de Inovação do SENAI-RN, um ambiente colaborativo dentro do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) em Natal para relacionamento com as indústrias.  
A estrutura divide espaço com o ISI-ER e o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), referências do SENAI no Brasil para soluções de educação, inovação, pesquisa e desenvolvimento para a indústria de energias renováveis. A CTG Brasil é a primeira empresa a inaugurar seu espaço de inovação no Habitat. Outras seis são esperadas até o final do próximo ano.
Hidrogênio verde é uma das apostas da CTG Brasil
A aposta em hidrogênio verde é uma das investidas da CTG Brasil em pesquisa, desenvolvimento e inovação, mas está longe de ser a única. Apenas em 2020, R$ 24,5 milhões foram direcionados pela companhia a projetos nesse contexto, valor considerado recorde na história da empresa, representando um aumento de 107% em relação ao ano anterior. 
As linhas de pesquisa estão concentradas, principalmente, nas áreas de energia solar, mobilidade elétrica, segurança regulatória para comercialização de energia e em projetos focados em auxiliar no enfrentamento da pandemia de Covid-19. 
Na visita que realizaram nesta sexta-feira (15) ao Hub do Senai-RN em Natal, executivos da empresa se reuniram durante quase uma hora com o núcleo de pesquisas em energia solar e meteorologia do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), com o qual a CTG Brasil já desenvolve pesquisas desde o ano passado na área de energia solar.
Desta vez, profissionais de engenharia, geografia e meteorologia que integram a equipe de pesquisadores, ouviram demandas e conversaram sobre soluções em outra área: a hidrelétrica. 
“Discutimos novos modelos de integração de previsões meteorológicas e projeção de geração de energia”, disse o diretor de Estratégia e Desempenho Empresarial da CTG Brasil, Silvio Scucuglia, acompanhado pelo gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa, Carlos Nascimento, e o gerente de projetos, José Valverde.
Detalhes dos desafios que a empresa enxerga nas usinas não foram revelados à imprensa, mas os pesquisadores já se debruçam em busca de soluções.
“Estamos no início do processo. Vamos tratar a demanda que foi apresentada, na perspectiva de gerar uma solução. Os pesquisadores vão traçar possíveis caminhos e discutir essas soluções com a empresa”, disse o diretor do Instituto Senai, Rodrigo Mello.
Na área de energia solar, o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento iniciado em 2020 tem como objetivo aumentar o fator de capacidade dos equipamentos utilizados para a geração de energia solar no Brasil. Com aporte de R$ 7,5 milhões, a iniciativa representa o maior investimento individual de P&D da empresa em 2020.
A pesquisa é desenvolvida pelo ISI-ER em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O projeto tem duração prevista de dois anos, a partir de outubro de 2020.
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