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Cuidados especiais para os viajantes

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Malas prontas, passagens, reservas de hotel e agenda de reuniões não devem ser as únicas preocupações dos profissionais que viajam a trabalho. De acordo com o médico Jessé Alves, membro do Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas e responsável pelo check up do viajante do Fleury Centro de Medicina Diagnóstica, executivos e profissionais de campo que viajam dentro de fora do Brasil precisam tomar vacinas para se prevenir para não contrair doenças infecciosas como febre amarela, hepatite A, raiva.

“Só agora as empresas estão começando a tomar medidas para proteger a saúde dos profissionais que viajam e trabalham no Exterior, embora o número de viagens internacionais a trabalho venha aumentando a cada dia”, afirma o especialista, que na última terça-feira (dia 14) participou de mesa-redonda sobre saúde de profissionais viajantes, promovida pela Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo Sanofi-Aventis, dentro do Congresso Paulista de Médicos do Trabalho, em São Paulo.

Em 2005, mais de 3,8 milhões de brasileiros viajaram ao Exterior, conforme dados do Ministério do Turismo. Em razão da globalização, cresce a cada ano a presença de empresas brasileiras no Exterior, incluindo países da África e da Ásia. Hoje, viajar e trabalhar no Exterior já não é uma atividade exclusiva dos executivos. Empresas do setor petroleiro e construção mantêm um grande contingente de profissionais de campo, alguns trabalhando em locais onde as condições de higiene e saúde estão longe das ideais.

As viagens a trabalho no território nacional também merecem atenção. Pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), sob encomenda do Ministério do Turismo e da Embratur, revelou que no primeiro semestre de 2006 de cada 10 brasileiros, quatro realizaram viagens domésticas.

“A vacinação é importante porque evita doenças infecciosas que, se afetarem o trabalhador, geram custos para as empresas com perdas de dias de trabalho, eventuais complicações, medicamentos, remoção para outros locais”, disse Jessé Alves.

Outra integrante da mesa-redonda, a médica Isabela Ballalai, presidente da filial do Rio de Janeiro da SBIM – Sociedade Brasileira de Imunizações, acredita que esta proteção deve ser estendida também aos trabalhadores, responsáveis pelo serviço receptivo de estrangeiros, como taxistas, motoristas de ônibus, guias turísticos, funcionários de aeroportos, portos, hotéis e restaurantes para evitar que os brasileiros sejam contaminados por doenças transmissíveis. “O sarampo está controlado no Brasil, mas existe em países como Alemanha e Inglaterra. Se uma pessoa infectada chegar ao País, pode trazer a doença de novo”, observou a médica.

Ao participar do encontro, o médico Luiz Jacintho da Silva, professor de Infectologia da Faculdade de Medicina da Unicamp, afirmou que os profissionais viajantes devem ser vacinados contra gripe, independentemente do subtipo do vírus Influenza (causador a doença) que esteja circulando no hemisfério onde o trabalhador vai visitar.

Como o vírus Influenza é mutante, todos os anos a rede de vigilância ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora as cepas (subtipos) que circulam nos hemisférios norte e sul. A partir desses dados, os laboratórios produzem as vacinas. Hoje, no Brasil, não existe disponibilidade de as pessoas adquirirem as vacinas do hemisfério norte. Por isso devem, pelo menos, tomar as indicadas para o hemisfério sul.

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