Faltando menos de 48h para a chegada do Ano Novo, algumas indefinições ainda cercam uma das mais tradicionais programações da cidade: o culto a Iemanjá.
Diferente dos outros anos, o palco de oferendas foi montado ao lado da estátua da Rainha do Mar, na Praia do Meio, e não em seu entorno, e será usado para apresentação da cantora Khrystal. O show corre o risco de ser realizado antes da meia-noite e atrapalhar os cantos e rezas que ocorrem antes desse horário. Por outro lado, os religiosos da Umbanda se encontram divididos por uma disputa judicial entre o atual presidente e a ex, Edilza Nira de Paula Cabral, o que prejudicou a divulgação dos rituais.
Milhares de devotos e curiosos costumam visitar a estátua de Iemanjá dia 31 para oferecer-lhe perfume, flores, comida e bebida. Para as religiões afro-brasileiras, Iemanjá é a mulher de Deus, a mãe dos peixes e dos homens e a própria natureza. Ela representa o nascimento.
“Até meia-noite todo ritual é religioso, e depois da virada nós fazemos a oferenda e abrimos o palco para a atração”, explicou Edilza Nira, insatisfeita com a pouca divulgação do culto. “Pela primeira vez vocês não vão ter matéria sobre a festa”.
José Clementino, que também já foi presidente da Federação, fará o ritual com seu grupo. “Às 21h eu saio descendo as ruas cantando ´Já deu nove horas/vamos saravar/ ela é a Rainha do Mar´. Lá embaixo cada grupo reserva um espaço na areia para fazer os festejos”.
A TRIBUNA DO NORTE encontrou a Federação Espírita de Umbanda do Rio Grande do Norte ontem fechada. A reportagem também tentou falar com o presidente da Funcarte, Rodrigues Neto, mas ele não atendeu ou retornou aos telefonemas.
