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Curto-circuito

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Lydia Medeiros

O Congresso Nacional decidiu não decidir sobre os impasses no setor de energia. Deixou a privatização da Eletrobras para 2019. E adiou para a próxima semana, mais uma vez, a definição da estrutura de venda de seis distribuidoras de eletricidade no Norte e Nordeste, todas em situação pré-falimentar. O problema precisa de resolução urgente, porque o leilão dessas empresas está marcado para 26 de julho. Além disso, estacionou nas gavetas da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados a proposta de mudança nas regras do mercado de gás natural. O programa “Gás para todos”, focado no aumento da competitividade e incentivo ao uso industrial, chegou ao Legislativo em 2017. Com ele, o governo pretende acabar com o monopólio de fato da Petrobras sobre o gás natural. A estatal produz e comercializa mais de 80% da produção. “Esse projeto é tão ou mais importante do que a reforma do setor elétrico, porque pode reduzir o custo do gás”, diz Edvaldo Santana, presidente-executivo da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia. Se aprovado, Santana acha que, em dois anos, o preço do gás no país, que hoje chega a US$ 12 por milhão de BTUs pode cair à metade. No Brasil, o gás custa, hoje, quatro vezes mais que no mercado dos EUA, onde é cotado a US$ 3 por milhão de BTUs.

Bumerangue
Alvos da Lava Jato no Congresso Nacional encontraram no indiciamento do ex-procurador Marcello Miller pela Polícia Federal uma oportunidade para tentar derrubar desafetos no Ministério Público Federal. Entre eles, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot (foto) e seus ex-auxiliares Anselmo Lopes e Eduardo Pelella. A estratégia é acusá-los como um grupo que agia organizadamente no MPF e, com isso, tentar macular todos os desdobramentos jurídicos das operações conduzidas sob a batuta de Janot.

Alta pressão
Senadores aliados de Lula atenderam a uma convocação do PT, de última hora, para assistir a um pronunciamento combinado com Roberto Requião (MDB-PR). Com apenas cinco presentes no plenário, o discurso foi anunciado como de “significativa repercussão” por Edison Lobão (MDB-MA), que presidia a sessão. Roberto Requião tentou diferenciar habeas corpus julgado pelo plenário do STF, em abril passado, do recurso que será analisado no próximo dia 26, pela 2º turma do STF. O PT acha que, assim, pode aliviar a pressão sobre os cinco integrantes da turma. Requião solicitou à Mesa Diretora que remeta o discurso, imediatamente, aos 11 ministros da Corte para que conheçam sua argumentação.

Alvo na mira
A bancada da bala está pressionando o governo federal a excluir do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública, que vai receber verba de loterias, o Ministério dos Direitos Humanos. Além da pasta, há integrantes da Justiça, da Casa Civil, do Planejamento e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. O descontentamento já foi levado aos ministros da articulação política do governo. Os grupo quer tirar o ministério do órgão já na votação da medida provisória sobre o tema.

Desfecho à vista
A oposição do Uruguai e do Paraguai à conclusão de um acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, que vem sendo negociado há duas décadas, já provocou um primeiro resultado: Brasil e Argentina começaram a estudar a conveniência de rever o bloqueio à instalação de indústrias automobilísticas fora de suas fronteiras. Além disso, o governo brasileiro deve rever sua política de abertura de lojas francas (free shop), para não afetar o comércio na fronteira com os sócios do Mercosul. Em Brasília e em Buenos Aires há quem acredite que o acordo com a Europa esteja pronto para assinatura até dezembro.

Bunker animado
A casa do senador Renan Calheiros virou ponto de concentração de petistas e da oposição ao governo Michel Temer. Na terça-feira, foi lá que comemoravam a absolvição de Gleisi Hoffmann pelo STF. Em jantares regados a vinho, Lindbergh Farias aproveita até para gravar seus vídeos.

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