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Dá para ganhar a Copa sem jogar?

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Henrique Meirelles
Pré-candidato do MDB a presidente da República
O brasileiro é um povo trabalhador. É gente que dá duro para ter renda suficiente para dar uma vida digna às suas famílias. São mães e pais que se preocupam com a segurança de seus filhos e têm esperança de que o estudo lhes garanta um futuro melhor. Estão preocupados com a qualidade do serviço de saúde e esperam receber uma aposentadoria decente quando a hora chegar.
Independentemente de serem ou ganharem a vida por conta própria, todos querem viver num país onde as pessoas ganhem mais, a inflação seja baixa e o poder de compra, maior. Seu dia-a-dia é feito com conta na ponta do lápis. Se pensa em comprar uma TV nova para ver a Copa logo pondera se a prestação cabe no bolso ou aperta o cinto do pessoal de casa.
O brasileiro sonha, mas leva a vida com responsabilidade e pé no chão. Sei porque eu mesmo sou assim e são assim também a enorme maioria das pessoas que conheço, independente da classe social ou da região do país. 
Essa convicção não se baseia apenas na minha experiência pessoal. Sobressai também das pesquisas de intenção de voto. Os institutos mostram que a maioria da população rejeita os pré-candidatos de extrema esquerda ou extrema direita que apresentam propostas irrealistas e fantasiosas.
Há quem diga que é o novo, mas tem mandato há mais de 20 anos. Fala em recuperar a economia, mas votou contra o Plano Real e contra todas as reformas que fizemos nos últimos meses para tirar o país da recessão. Se a segurança é um problema, promete armar a população. Algum pai ou mãe quer ver seu filho com uma arma? Não, porque sabe que isso pode transformar uma briga de trânsito numa tragédia.
Também aparece gente na extrema esquerda prometendo acabar com as reformas da economia e adotar as mesmas políticas que, em 2015, jogaram o Brasil na maior recessão da história. É preciso lembrar: por causa da irresponsabilidade fiscal dos populistas de esquerda amargamos uma crise maior do que a de 1929, que ficou conhecida como a Grande Depressão. Foi essa receita que dizimou empregos e a renda dos trabalhadores.
Os extremistas têm em comum o que os cientistas políticos chamam de populismo. Prometem muito, gastam o dinheiro que o governo tem e o que não tem e deixam a dívida para a população pagar. Sim, porque sempre quem paga a conta da irresponsabilidade é a população. E quando a conta aparece atribuem o problema a um inimigo imaginário.
 Nunca aceitei a divisão do país. Nunca tolerei a separação da nossa sociedade entre nós e eles. Como cidadão e homem público, sempre atendi as convocações para as quais fui chamado. Quando Luís Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República, a economia estava em colapso. A inflação disparara. O dólar e os juros também. Sobretudo, faltava confiança.
Atendi ao convite de Lula e tenho o orgulho de ter comandado o Banco Central e a economia no período mais próspero da história recente. Tenho orgulho de que meu trabalho naquele período possibilitou que tantas pessoas saíssem da pobreza rumo a classe média.
Em maio de 2016, voltei a ser chamado dar jeito na economia, desta vez pelo presidente Michel Temer. De novo, cumpri com sucesso o que país esperava de mim. Muita gente ajudou, trabalhamos muito e corrigimos o rumo. A confiança voltou e o país saiu da recessão. Voltou a ser o que era? É claro que não. Criamos um grande número de empregos, mas são necessários muito mais. Fizemos o teto de gastos, começamos a modernizar o mercado de trabalho e muitos outros setores da economia. 
Se o rumo for mantido, essas conquistas produzirão os resultados que a população quer: emprego e renda. Justamente aquilo que os populistas prometem e não entregam. Os brasileiros são trabalhadores e sabem que não se consegue nada sem o suor do rosto. Só se ganha uma Copa do Mundo com trabalho e perseverança e vencendo os adversários. Alcançaremos a prosperidade da mesma forma, com decisões acertadas e muito trabalho.
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