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Da sabedoria judaica

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Paulo Coelho

A menor constituição do mundo

Um grupo de sábios judeus reuniu-se para tentar criar a menor Constituição do mundo. Se alguém fosse capaz de definir – no espaço de tempo que um homem leva para equilibrar-se em um só pé – as leis que deviam reger o comportamento humano, este seria considerado o maior de todos os  sábios.

– Deus pune os criminosos – disse um.

Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita.

– Deus é amor – comentou outro.

De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade.

Neste momento, aproximou-se o rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse:

– Não faça com seu próximo aquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico.

E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.

Tapando o sol com a mão

Um discípulo procurou o rabino Nahman de Braslaw:

– Não continuarei mais meus estudos dos textos sagrados – disse. – Moro numa pequena casa com meus irmãos e pais, e nunca encontro as condições ideais para concentrar-me no que é importante.

Nahman apontou o sol, e pediu que seu discípulo colocasse a mão na frente do rosto, de modo a ocultá-lo. O discípulo fez isto.

– Sua mão é pequena, e no entanto conseguiu cobrir   totalmente a força, a luz e a majestade do imenso sol. Da mesma maneira, os pequenos problemas conseguem lhe dar a desculpa necessária para não seguir adiante em sua busca espiritual.

“Assim como a mão tem o poder de esconder o sol, a mediocridade tem o poder de esconder a luz interior. Não culpe os outros por sua própria incompetência.”

Parece muito óbvio

Perguntaram ao rabino Ben Zoma:

– Quem é sábio?

– Aquele que encontra sempre algo a aprender com os outros.

– Quem é forte?

– O homem que é capaz de dominar a si mesmo.

– Quem é rico?

– O que conhece o tesouro que tem: os dias e as horas de sua vida, que podem modificar tudo o que acontece ao seu redor.

– Estas são coisas óbvias – comentou um dos presentes.  

– Por isso são tão difíceis de serem observadas – concluiu o rabino.

Sobre o despertar

O Rabino Jacob costumava dizer:

“É melhor um único momento de compreensão neste mundo, que toda a eternidade no mundo que virá.

 E é melhor um único momento de paz interior neste mundo, que toda a eternidade em paz.

Por quê?

    Um simples momento de compreensão neste mundo traz em si a própria eternidade. E a paz que encontraremos no mundo que virá, está presente em cada minuto de paz nesta vida.”

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