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Das Rocas ao Baldo

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Woden Madruga [ [email protected] ]

O governo Robinson Faria consegue novo recorde que irá se juntar aos números aloprados da Saúde e da Segurança Pública. Essa nova conquista vai direto ao bolso dos servidores públicos.  Está na manchete da TN de ontem e certamente será o mote de todas as conversas de hoje na Feira do Alecrim. Do Alecrim e de todas as outras feiras pelo Rio Grande do Norte todo: “Estado divide o pagamento da folha e abril entre dias 6 e 10”. Traduzindo: o pagamento do funcionalismo estadual, ativos e aposentados, terá um atraso de dez dias. Se comparar com os governos passados, o atraso de Robinson chega a quase duas semanas.  Era normal, nas administrações anteriores, liberar a folha já a partir do dia 25, dia 26. Recebia-se no mesmo dia e por isso as budegas não reclamavam de seus fregueses de caderneta.

Os aposentados, também chamados erradamente de inativos, vão receber o salário de abril no dia 6 de maio, na outra sexta-feira. Coitados dos velhinhos e velhinhas, uns nem tanto. No dia 10, já na segunda semana de maio, dois dias após o “dia das mães” (coitadas), o Estado promete pagar os servidores da Administração Indireta. O secretário das Finanças e Planejamento, Gustavo Nogueira, que Robinson importou da Paraíba, disse que esse atraso é “consequência da frustação de receita”. Receita aqui não tem nada a ver com bolo, nem cozido com pirão.  É queda de arrecadação nos impostos e coisas que tais. De apurado. Aliás, a palavra frustação pode ser aplicada em mil outras atividades no Rio Grande do Norte. Tem até frustração de chuva. E de ideias. Poucas ou muitas?
Ainda na capa da TN outro retrato sem retoques do governo estadual. Foto de um dos corredores do Hospital Walfredo Gurgel com uma legenda escrita assim: “No Hospital Walfredo Gurgel, 83 pacientes internados aguardavam, ontem, sem previsão, o encaminhamento, para cirurgias ortopédicas. O atraso no procedimento – só no Memorial – já soma 630 pacientes (internados ou aguardando em casa”. A manchete da reportagem da Tribuna, assinada pelo repórter Arthur Barbalho, é uma síntese perfeita do caos na saúde pública do Rio Grande do Norte: “Pacientes vivem espera angustiante”.
E a frustração na Cultura?  Aliás, a cultura nunca foi a praia do governo. Seus parrachos são outros. Para ilustrar quadro tão trágico basta citar três exemplos: O Teatro Alberto Maranhão está fechado há quase um ano, a Biblioteca Câmara Cascudo já passa de mais de três de portas fechadas, e o Museu Café Filho, mais ou menos o mesmo tempo. Com um agravo: há quem afirme que o acervo do museu foi destruído. Um detalhe interessante (eu acho): O Museu Café Filho fica na Rua da Conceição, quase esquina com a Praça Sete de Setembro, o mesmo endereço da Assembleia Legislativa. Separando os dois, Assembleia e Museu, talvez uns dez metros. Como acontece com o Museu as bocas dos senhores deputados permanecem fechadas.
João Café Filho, canguleiro nascido no bairro da Ribeira, (exatamente na atual rua 15 de Novembro, que ficaria famosa  mais tarde principalmente por suas “pensões alegres”), foi considerado nos anos 40 um dos maiores parlamentares do país, sem falar que chegou a vice e a presidência da República. Seus discursos retumbavam no plenário da Câmara dos Deputados, Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro. Hoje, seus livros viraram lixo no Sobradinho histórico (tombado pelo patrimônio artístico e histórico) fechado, da rua da Conceição.
Até quando Catilina?

Politica
Vou lendo a coluna de Lauro Jardim, páginas de O Globo. A primeira nota, com o título “Michel Temer vai mudar a maneira de lidar com Dilma”, diz o seguinte:
“Michel Temer vai mudar a maneira de lidar com Dilma Rousseff: decidiu parar de responder publicamente à presidente, a cada ataque que receber. Na avaliação de Temer, agora ele está numa “posição acima de Dilma”, e responde-la seria “falar para baixo”. Menções à tese de golpe, por exemplo, deixarão de ser comentadas”.
A segunda nota tem o título de “Dilma se cala”. Escrita assim:
“Aparentemente, acabou a temporada de entrevistas de Dilma Rousseff à imprensa internacional – a última foi dada anteontem à CNN. Não há qualquer uma programada para os próximos dez dias. E nem planos, até agora, de outra”.

Placar do impeachment
O placar do impeachment no Senado, segundo o jornal o Globo, apresentava ontem os seguintes números:  50 senadores “a favor”; 21 “contra”; 10 “não opinaram” (indecisos ou não responderam).
Para aprovar o impeachment de Dilma são necessários 41 votos.

Cultura
A coluna Painel, da Folha de S. Paulo, publica que o senador Cristovam Buarque poderá ser o ministro da Cultura do governo Temer.  O convite foi feito quarta-feira, quando ele se encontrou com o vice-presidente no Palácio Jaburu. 
Já outros jornais publicam declarações de Cristovam Buarque de que não participará do ministério Temer. Mas o seu partido, PPS, apoiará o futuro governo. O senador pernambucano, que foi eleito pelo Distrito Federal, já foi ministro da Educação, no primeiro governo de Lula.

Chuva
A semana vai fechando sem chuvas importantes no Rio Grande do Norte, uma neblina aqui e outra acolá. A segunda quinzena de abril não correspondeu nem às expectativas e nem as esperanças do sertanejo. Para os sertões mais altos o período de inverno está terminando. Aqui, pelos agrestes, maio e junho ainda são esperançosos. Amém.

De boi
Vários criadores destas porteiras potiguares já pegaram a estrada no rumo de Uberaba, Minas, onde começa hoje a 82ª Expozebu, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Trata-se da maior exposição mundial de raças zebuínas.
Este ano também tem eleição para a diretoria da ABCZ, outra motivação para lubrificar mais ainda os papos do Parque Fernando Costa. Duas chapas na disputa e muito gado nobre nas pistas.

Do Baldo
A pergunta de todos: Quando a Prefeitura de Natal vai liberar o Viaduto do Baldo?  Ufa!

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