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De costas para o passado

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A Seleção Brasileira entra em campo às 15h45 para enfrentar um trauma. Apesar dos quatro anos passados, a imagem do 7 a 1 está bem viva na cabeça de todos. Hoje, diante da Alemanha, em Berlim, Tite e seus comandados esperam, de uma vez por todas, dar às costas para esse passado ruim, herança da Copa de 2014.

O técnico Tite afirma que ninguém esqueceu a derrota para a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil, mas afirma que chegou a hora de superar esse grande trauma

O técnico Tite afirma que ninguém esqueceu a derrota para a Alemanha
na Copa do Mundo do Brasil, mas afirma que chegou a hora de superar esse
grande trauma

#SAIBAMAIS#Um dos poucos remanescentes do grupo da seleção brasileira na Copa do Mundo 2014 que vai entrar em campo no amistoso de hoje contra a Alemanha, o lateral-direito Daniel Alves será o capitão da equipe no duelo marcado para Berlim contra a equipe dirigida por Joachim Löw e insistiu ontem que o momento é de “olhar para o presente”.

“Esse é um clássico mundial e sempre tem uma certa dificuldade”, disse o jogador, em entrevista coletiva. “Quando você não pode mudar o passado, temos de nos concentrar em mudar o presente e é isso que viemos fazer aqui”, afirmou.

Daniel Alves não entrou em campo na derrota por 7 a 1 em 2014 e lamentou não poder ter ajudado o time. “Mas agora são desafios novos e totalmente diferentes. Dificuldade existirá para ambos e esperamos estar à altura”, disse. “Vai ser um grande teste”, insistiu.

O lateral acredita que houve uma “evolução” da seleção brasileira desde 2014. “Ela é nítida desde que o professor assumiu”, afirmou. Mas evitou criticar o trabalho realizado por Luiz Felipe Scolari há quatro anos. “Não vou colocar areia no trabalho dos outros”, disse.

“O que houve é que tivemos ideias novas, o futebol evoluiu e nós evoluímos com ele”, explicou. Daniel Alves acredita que, hoje, ele é mais “maduro e experiente”.” “Queria ter entrado para ajudar no 7 a 1. Mas na vida só tem uma opção: continuar.”, completou.

O técnico Tite não hesita em admitir que o resultado de 7 a 1 em 2014 continua sendo um “fantasma” e que a partida amistosa é, em seus quase dois anos no comando da seleção, o jogo mais importante até hoje em termos psicológicos.

Daniel Alves afirma que o jogo serve para mudar o presente

Daniel Alves afirma que o jogo serve para mudar o presente

“Ele tem um componente de maturidade importante”, disse o treinador, em coletiva de imprensa, ontem. “É importante fazer esse enfrentamento antes da Copa. Carregamos esse fantasminha todos os dias. Ele está todos os dias aqui. Por isso, aqui em Berlim, queremos passar mais uma etapa”, afirmou.

“Esse é o principal teste emocional e psicológico que já tivemos. Por tudo o que ele representa. Pelo resultado da semifinal de 2014, por ser pela última campeã, traz um componente emocional”, afirmou, lembrando que está na casa da Alemanha. “Mentalmente, é muito importante”, disse, apontando até para um “constrangimento” em tratar do assunto do 7 a 1 na coletiva de imprensa. “Mas ele é real”, disse.

O treinador admite que sua perna “continua tremendo”, uma frase que o marcou na primeira coletiva ao assumir a seleção em 2016. “Mas mesmo tremendo eu dou passos para frente”, disse.

Tanto Tite como Daniel Alves, que assume a braçadeira de capitão nesta semana, se recusavam a fazer qualquer tipo de críticas aos resultados da Copa do Mundo de 2014 e ao trabalho do time do então técnico da equipe, Luiz Felipe Scolari.

“São etapas”, disse o treinador, pedindo “ética”. “Cada um tem sua história. Aquele time de 2014 foi campeão em 2013 na Copa das Confederações. É injusto falar da Copa e não falar de 3 a 0 na final contra a Espanha”, apontou.

Outro lado
Ginter e Boateng são alguns dos remanescentes da seleção da Alemanha. E os dois defensores admitem que ficaram “emocionados” diante do que viram nas arquibancadas do Mineirão, palco daquele confronto em Belo Horizonte.

“Durante o jogo, nós mesmos nos perguntávamos: é normal esse resultado?”, disse Boateng. “Pensamos nisso. Mas tínhamos de ficar concentrados e jogar o jogo. Quando ele acabou, olhamos para a torcia e, não é que deu pena, mas ficamos emocionados”, disse.

“Estávamos super contentes de ir para a final da Copa. Mas deu para sentir empatia daquela torcida. Teria ocorrido o mesmo se fosse na Alemanha”, afirmou o defensor.

Ginter também destacou que, em 2014, “não foi um jogo normal”. O alemão também esteve na final da Olimpíada de 2016, no Rio, onde a seleção olímpica do Brasil levou a melhor sobre a Alemanha nos pênaltis, no Maracanã. “Vimos que era muita pressão sobre o time brasileiro. Para nós, era apenas uma Olimpíada. Mas para eles era um jogo especial. Acho que no amistoso vamos ter um pouco de sentimento do passado”, disse.

Ginter sugere que há uma diferença de percepção sobre o que será o amistoso. “Para o Brasil, sempre falam do 7 a 1. Para nós, só estamos pensando na Copa”, disse. “O 7 a 1 é um tema para os brasileiros. Não é grande coisa para nós. Mas temos que nos preparar para um Brasil muito motivado e muito forte”, disse Boateng. Ambos destacam a melhoria do time brasileiro. “Hoje eles têm muitas opções”, reforçou Ginter.

Ficha técnica
Alemanha:
Ter Stegen, Kimmich, Boateng, Hummels e Plattenhardt; Gündogan, Kroos e Goretzka; Stindl, Sané e Wagner.

Brasil:
Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Fernandinho, Paulinho, Coutinho e Willian; Gabriel Jesus.

Local: Estádio Olímpico de Berlim;

Hora:
15h45 (Brasília);

Árbitro: Jonas Eriksson (SUE), auxiliado por Mathias Klasenius e Daniel Wärnmark (ambos da Suécia)

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