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De Niro e Scorsese ao infinito

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Alex Medeiros

Aprendi por experiência própria a não temer entrar no escuro do cinema quando o filme em cartaz tem um astro ou estrela de primeira grandeza. Dificilmente haverá insatisfação após a exibição, salvo nalguns casos de pipocas e refrigerantes com seus preços dos tempos de hiperinflação. Tem um filme com Meryl Streep, Clint Eastwood, Di Caprio, John Deep, Emma Stone, Robert Downey Jr., Julia Roberts, Cate Blanchet, não titubeie, entra que é bom.

Jamais tive dúvidas na escolha por filmes estrelados por Robert De Niro e Al Pacino, a dupla que melhor representa o antes e o depois dos anos dourados de Hollywood. O melhor nos dois é que qualquer adjetivo elogiável cabe nos seus papeis e nas obras em que atuam. Ao longo dos anos, citar ambos como melhores atores parece-nos um voto siamês, como se fossem inseparáveis.
E quando ambos se juntaram ao diretor Martin Scorsese, não só todos nós ganhamos histórias inesquecíveis como a própria indústria cinematográfica demarcou sua história a partir da grandiosidade artística desse triunvirato.

Estamos de novo emulados na expectativa de mais uma vez assistir De Niro e Pacino dirigidos por Scorsese, agora num filme produzido pelo serviço de streaming Netflix, essa coisa tecnológica que não nos deixa mais sair de casa.

O filme O Irlandês, que estreou apenas em cinemas norte-americanos, com algumas migalhas de salas na Europa, está em cartaz na Netflix, o trailer disponível desde setembro, como uma vitrine de doces para atrair crianças.

Por enquanto, as resenhas pelo mundo são mais que favoráveis, afora uma suspeita levantada de que o roteiro baseado no “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt, não trata com fidelidade os autoproclamados fatos reais.

É a história do sumiço de Jimmy Hoffa, um mafioso supostamente assassinado por outro, Frank Sheeran. O primeiro interpretado por Pacino, o segundo por De Niro. O jornal Daily Beast foi o primeiro a questionar a versão do livro.

Mas não é uma questão que vá comprometer a qualidade do filme, já que cinema abordando a vida real tem sempre a licença poética para alcançar os objetivos do diretor. Que se apaguem as luzes do quarto ou da sala de estar.

O Irlandês é tão somente o nono filme com Martin Scorsese dirigindo Robert De Niro. Um gigante orientando um monstro; e de sobra com mais dois dos velhos tempos das fitas de máfia, Al Pacino e Joe Pesci. Ah, e Harvey Keitel.

Enquanto isso De Niro acaba de ser o escolhido para uma homenagem especial no American Actors Guild, o sindicato onde ele é filiado há mais de meio século. O prêmio será entregue em 2020, pelo conjunto da sua obra.

No comunicado à imprensa sobre a honraria, a presidente da entidade, Gabrielle Carteis afirmou que “De Niro é um ator de extraordinária profundidade e habilidades, os personagens que cria cativam nossa imaginação”.

De tudo espetacular que ele fez, não esqueço a cena de violência mais tensa que alguém já fez, sem, no entanto, não haver a violência. O diálogo entre ele e Juliette Lewis num teatro, em Cabo do Medo, antecipa em nós um estupro ausente. Uma parceria dele com Scorsese. Gênios.

coluna

Ação dos Maia
Há mais de um motivo para Rodrigo Maia falar em pré-candidatura a presidente da República. E uma delas é o fato do STF tem encaminhado para a PGR a conclusão do inquérito da PF que investiga ele e o seu pai, Cesar Maia.

Pendengas municipais
Os vereadores andam em alta no interior. Pelo menos fazem barulho com ressonância nas redes sociais. Primeiro foi o edil de João Câmara comparando o governo estadual a um cabaré, depois o quiproquó na Câmara de Umarizal.

Varejo cresce
Mais uma boa notícia que parece anulada no meio do jornalismo panfletário dos jornalões e canais de tv aberta. O varejo teve o melhor setembro dos últimos dez anos com aumento de vendas generalizadas em todo o País.

Audiência
A troca de liderança no horário do almoço, que havia ocorrido entre a Inter TV e a TV Ponta Negra, retornou ao seu ponto consolidado por anos nos dados do Ibope. A afiliada do SBT retomou a ponta a audiência da afiliada Globo.

Ausência
A maioria dos potiguares, que não conta com assinaturas de canais fechados, estão sem acesso ao melhor telejornal matutino das tvs abertas, o Café com Jornal da Band, cujo horário está sendo ocupado por programas evangélicos.

Poesia
O poeta catalão Joan Margarit, 81, é o vencedor do Prêmio Cervantes 2019, um dos mais importantes do mercado literário mundial. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Cultura da Espanha, José Guirao, em Madrid.

Stan Lee
Os cadernos culturais da imprensa americana e europeia destacam desde a terça-feira o aniversário de um ano da morte do maior nome das histórias em quadrinhos, o criador dos mais importantes super-heróis da nona arte.

Futebol na TV
Os muitos jogos entre seleções no sábado prosseguem hoje com mais eliminatórias da Eurocopa. Anote aí: Alemanha x Belarus, Irlanda x Holanda, Croácia x Eslováquia, Israel x Polônia, Áustria x Macedônia, Rússia x Bélgica.

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