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Defesa Civil alerta para chuvas fortes em catorze Estados

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TRANSTORNO - Chuvas provocam caos em centenas de cidadesEm mais um sintoma da atuação de El Niño, a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) divulgou alertas sobre a ocorrência de temporais em 14 Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e Norte. Mas não há previsão de chuvas para o semi-árido nordestino, a região mais seca do país e a que mais sofre com a estiagem em anos sob atuação do fenômeno, que se caracteriza pelo aumento da temperatura na superfície do Pacífico Sul, na Costa do Peru.

De acordo com a Sedec, há riscos de temporais na região Sul, principalmente no centro, norte  e leste do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A chuva  permanecerá no nordeste gaúcho e do planalto ao litoral de Santa Catarina neste sábado. Até  domingo, haverá risco de temporal no Paraná, principalmente no centro,  norte e leste do estado.

No  Sudeste, áreas de instabilidade sobre a região provocarão chuvas intensas no  fim de semana no Espírito Santo. Até segunda-feira, a  chuva permanecerá em São Paulo; no Rio de Janeiro, especialmente na região  Serrana; em boa parte de Minas Gerais, como no Triângulo Mineiro, Alto São  Francisco, Metalúrgicas/Campos das Vertentes, oeste e sul do estado. 

No  Centro-Oeste, a chuva atingirá, entre hoje e amanhã, Mato Grosso  do Sul e permanecerá, até segunda-feira, no Distrito Federal e os estados de Mato  Grosso e Goiás. No Norte, a chuva atingirá o Acre e Tocantins e permanecerá, Rondônia e Amazonas, especialmente no centro e sul do estado.

Segundo a Sedec, em alguns momentos, a chuva poderá vir acompanhada de descargas elétricas no Acre e em Tocantins. Poderão ocorrer também chuvas acompanhadas de rajadas de vento de até 50 km/hora em Rondônia e no Amazonas; de até 60 km/hora em São Paulo, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais; e de até 70 km/hora no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Por isso, a população deve evitar áreas de alagamento e locais com pouca ou nenhuma proteção contra raios e ventos fortes. Alerta-se, também, para o risco de deslizamento de encostas, morros e barreiras.

A Sedec  recomenda atenção especial e redobrada nas áreas de encostas e morros dos  estados da região Sudeste, pois, devido às freqüentes chuvas, o solo está bastante  encharcado, o que aumenta o risco de deslizamento. Informações do Centro de Previsão de Tempo (Cptec) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) serviram de base para os alertas enviados ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Os alertas ao Acre e a Tocantins foram baseados em informações do Cptec e o alerta ao Espírito Santo, em informações do Inmet.

Falta de chuva alimenta temor de seca no NE

Os institutos de meteorologia não prevêem chuvas para o sertão nordestino, alimentando o temor dos agricultores de mais um ano de seca, apesar dos prognósticos otimistas dos meteorologistas reunidos no início do mês em Fortaleza. A Bahia enfrenta uma forte estiagem. Mesmo assim, o número de famílias desalojadas pela enchente do rio São Francisco chega a 1.197, segundo informações divulgadas na tarde de ontem. Mais de 4.500 pequenos produtores rurais tiveram as lavouras destruídas pelas águas. No sul e oeste baianos, as águas estão sete metros acima do leito normal do “Velho Chico”, como o rio é conhecido pela população ribeirinha.  A cheia é provocada pelas chuvas fortes em Minas Gerais.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza do estado (Sedes) informou que nove municípios já decretaram situação de emergência. Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Malhada e Serra do Ramalho já receberam ajuda do governo estadual. Foram enviados 800 colchões, 450 cobertores, 490 filtros e oito rolos de lona para cobertura. A Defesa Civil nacional também já enviou 2.500 cestas básicas. As cidades de Barra, Moquém do São Francisco, Paratinga, Xique Xique e Sítio do Mato devem receber ajuda do estado no início da próxima semana.

Nos demais estados as chuvas são insuficientes até para manter o pasto para o rebalho. Entre 1º e 26 de janeiro foi registrada a ocorrência de chuvas em 90 municípios do Rio Grande do Norte, mas elas ocorreram, em sua grande maioria, na faixa litorânea.

No acumulado do ano, choveu 113,3 milímetros em Parnamirim, segundo informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). Em seguida vem Nísia Floresta com 108,6 mm; Natal com 86,3 mm; Ceará-Mirim com 79,6 mm e Monte Alegre com 78,4 milímetros. A Emparn não registra chuva há dias no RN.

As imagens de satélites meteorológicos mostravam ontem pouca nebulosidade sobre o semi-árido nordestino, onde mais de 300 municípios enfrentam problemas de falta de água na zona rural. Diante da falta de chuvas, o Exército retomou a Operação Pipa.

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