domingo, 5 de maio, 2024
26.1 C
Natal
domingo, 5 de maio, 2024

Dehom investiga assassinato de “Joel do Mosquito”

- Publicidade -

A Delegacia Especializada de Homicídios de Natal (Dehom-Natal) vai investigar a morte do detento Joel Rodrigues da Silva, o “Joel do Mosquito”, principal alvo da operação Citronela, que foi encontrado morto, na noite do último sábado (10), em uma cela do Pavilhão B do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na Zona Norte de Natal. De acordo com o titular, delegado Fábio Rogério, o que se sabe até o momento é que não há possibilidade de suicídio e se trata de um caso de homicídio. A especializada vai solicitar as informações do Ministério Público Estadual para a investigação.
Joel do Mosquito foi preso dia 25/09 e encontrado morto dia 10
O detento, que foi encontrado enforcado com um lençol, pendurado em uma grade, tinha sido preso no dia 25 de setembro, durante a Operação Citronela, deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com a Polícia Militar. Joel atuava há vários anos na comunidade conhecida como “Favela do Mosquito”, no bairro das Quintas, em Natal, e possui condenação criminal por tráfico de entorpecentes.

Segundo a denúncia do Ministério Público, “Joel do Mosquito” construiu um grande patrimônio em nome de terceiros, mas que era todo gerenciado por ele e acumulado a partir de recursos do tráfico de drogas. Na operação foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, dois de prisão, com a participação de 12 Promotores de Justiça do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, 150 Policiais Militares e 16 Policiais Rodoviários Federais.

O processo criminal contra “Joel do Mosquito” vinha tramitando na 9ª Vara Criminal da Comarca de Natal, desde o dia 2 de outubro. Mas, ontem, o juiz da Vara da Execução Penal, Henrique Baltazar dos Santos, disse ter ouvido de uma advogada da família de “Joel do Mosquito” que a morte dele foi motivada pela recusa do traficante em fazer parte de uma facção criminosa, descartando a informação de que ele fosse membro do PCC – o “Primeiro Comando da Capital”. 

Henrique Baltazar afirmou, ontem, que nas reuniões em que participou com autoridades da área de segurança pública, posicionou-se contra a separação das unidades prisionais por facções criminosas, por terminar fortalecendo uma ou outra facção, “porque deixa de existir uma correlação de forças entre elas”.

Segundo Baltazar, o preso que é da “massa”, como os presos chamam os apenados que não pertencem ou não querem entrar em nenhuma facção criminosa, “terminam sendo mortos”.

“Joel do Mosquito” é o 17º preso morto dentro de unidades prisionais do Rio Grande do Norte este ano. Na sexta-feira (9), o preso Cryslon Carlos Lima foi assinado no Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim, na Grande Natal. Somente em outubro foram oito homicídios em Natal e no interior do Estado.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas