quinta-feira, 25 de abril, 2024
32.1 C
Natal
quinta-feira, 25 de abril, 2024

Deicor tem elementos para identificar mais criminosos

- Publicidade -

Além das investigações em curso, as quais a Deicor/RN considera de alta complexidade em razão do quantitativo de suspeitos, dos locais de cometimento dos crimes e do armamento usado, novas operações poderão ocorrer em breve. A partir da prisão de membros de organizações criminosas, mais integrantes deverão ser identificados. Em março deste ano, quatro pessoas foram presas na última fase da Operação Fogo contra Fogo. A investigação durou seis meses e, durante esse tempo, parte do bando morreu em confrontos diversos no próprio Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Paraíba.

A quadrilha costumava se dividir em outros pequenos bandos para ações menores, e segundo a Delegacia Geral de Polícia, a Degepol, usava boa parte do dinheiro dessas ações para comprar drogas e multiplicar o capital. Para os delegados da Deicor, comprovadamente o bando agiu em ao menos dez ocasiões entre 2016 e 2017, mas há outros casos suspeitos e cujas provas estão sendo compartilhadas com as polícias de outros estados. Eles seguem um perfil de atuação comum às organizações e associações criminosas que atuam no roubo a banco e a carro-forte: geralmente seis integrantes para ações nos bancos localizados em grandes cidades, egressos do sistema prisional, passado com longa ficha criminal e atuação no tráfico de drogas.

Em maio deste ano, quadrilha tentou assalto a carros-forte que abasteciam agência do BB na BR-101
Em maio deste ano, quadrilha tentou assalto a carros-forte que abasteciam agência do BB na BR-101

#SAIBAMAIS#No momento da ação criminosa, se dividem de acordo com expertise criminal. Nos casos de explosões de bancos e terminais eletrônicos, há o “explosivista”, que atua na manipulação e acionamento dos explosivos; aquele que joga os grampos para furar os pneus das viaturas policiais; o motorista do bando e o que consegue os armamentos e coletes à prova de balas para os integrantes da organização criminosa. Esse é considerado o líder e o que fica com a maior parte do dinheiro roubado.

Panorama do crime organizado
Este ano, foram registradas 41 ações criminosas contra agências bancárias em 31 municípios potiguares

Armas pesadas e apoio de facções
À medida que têm acesso a armamento de grosso calibre — inclusive fuzis que nem mesmo as polícias utilizam —, os bandos voltaram à estratégia do enfrentamento. Outra justificativa para esse tipo de ação é o apoio das facções criminosas, que segundo fontes policiais, financiam armas e recrutam integrantes às vezes trazidos também de outros estados. Relembre os casos deste anos.

Ações criminosas
O número de ações contra carro-forte este ano em todo o país já é quase o mesmo número das ocorrências de 2016. Veja:

2015 – 22
2016 – 26
2017 – 24 (de janeiro a junho)

Valores roubados
2016 – R$ 35 milhões
2017 – R$ 52 milhões (de janeiro a junho)

Dados do Rio Grande do Norte
2016 – 2 ações contra carro-forte
2017 – 4 ações contra carro-forte
41 explosões em agências bancárias
18 assaltos a agências dos Correios

A Deicor orienta que qualquer denúncia deve ser feita através do telefone:
Disque Denúncia – 181

05 de junho
Vigilantes a bordo de um carro forte foram surpreendidos no estacionamento do Shopping Midway Mall quando se preparavam para abastecer terminais bancários. Um vigilante foi baleado, mas resistiu aos ferimentos. Os bandidos fugiram com pelo menos um malote.

09 de maio
Bandidos fortemente armados tentaram assaltar um carro-forte que abasteceria o Banco do Brasil da BR-101, em Neópolis. Os homens trocaram tiros com vigilantes, mas não conseguiram levar os malotes.

14 de março
Na BR-304, à altura do município de Assú (região Central), bandidos fortemente armados atacaram um carro-forte com disparos de fuzis e em seguida explodiram o veículo.

11 de março
Na avenida Deodoro da Fonseca, na capital, bandidos atiraram nos vigilantes da escolta que fazia o reabastecimento de terminais eletrônicos da Caixa Econômica Federal. Era por volta das 9h30 quando a quadrilha agiu e levou dois malotes. Dois vigilantes ficaram feridos.

17 de fevereiro
Bandidos armados explodiram um carro-forte na BR-405 à altura da comunidade de Jucuri, em Mossoró, mas não conseguiram levar o dinheiro. Oito criminosos estavam em três veículos no momento da ação e houve troca de tiros com os vigilantes que estavam no carro-forte. Um vigilante ficou levemente ferido com os estilhaços de vidro. Horas antes dessa ação no Rio Grande do Norte, um bando também investiu contra três carros-fortes, também em rodovia federal [BR-230], no estado da Paraíba.

Fontes: Associação Brasileira de Transportes de Valores; Deicor; Arquivo TN.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas