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Delator afirma que alertou Witzel sobre riscos

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O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, disse  que avisou ao governador afastado Wilson Witzel dos riscos que ele corria ao requalificar a organização social Unir Saúde, peça-chave do processo de impeachment. O mandatário e os participantes do Tribunal Misto interrogam no início desta tarde o delator Edmar, que está no plenário como testemunha.
“O senhor me pediu para requalificar a Unir, e eu disse ao senhor que seria equivocado, que seria batom na sua cueca”, disse ele.
A Unir havia sido desqualificada para firmar contratos com o governo depois de análises técnicas do Estado. Segundo Edmar, Witzel lhe avisou que a requalificaria “de canetada”. O empresário Mário Peixoto, envolvido nos esquemas de corrupção, seria o sócio oculto da Unir, de acordo com as investigações.
Personagem central para as denúncias contra Witzel, Edmar chegou a ser preso, mas firmou acordo de delação em que acusou o governador de participar dos esquemas. O mandatário responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito criminal, além do impeachment.
O processo de impeachment estava paralisado desde o final do ano passado por imbróglio judicial e foi retomado ontem. Edmar conseguiu no STJ a autorização para que o depoimento como testemunha fosse sigiloso. Não foi permitido filmar, gravar ou anotar por meios eletrônicos o interrogatório. Além disso, o ex-secretário entrou no tribunal protegido por um pano de cor avermelhada, cercado por seguranças. 

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