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Demanda por edital de São Gonçalo é mantida em sigilo

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Duas semanas após o lançamento do edital do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a movimentação dos investidores em busca do documento – que contém as regras da disputa pela concessão do empreendimento – é mantida em sigilo pela Agência Nacional de Aviação (Anac). Entretanto, o governo do estado e a própria iniciativa privada reiteram que o interesse no projeto existe e ultrapassa as fronteiras do Brasil.  Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, investidores e operadores em atuação em países como Alemanha, Estados Unidos, Argentina, França e Itália, além de grandes grupos nacionais, planejam entrar na disputa pelo projeto, o primeiro do setor aeroportuário que será concedido no Brasil.

O edital do leilão do Aeroporto foi publicado há duas semanas. O leilão está marcado para julho“A governadora está acompanhando diretamente o andamento desse processo e, pelo nosso acompanhamento, somente a China não apresentou interesse pelo documento”, diz o secretário.

Com obras que se arrastam há mais de uma década, o aeroporto será concedido à iniciativa privada dada a declarada impossibilidade do poder público de concluí-lo por conta própria. A concessão será feita por meio de leilão e terá prazo de 28 anos, dos quais três para construção e 25 para exploração do complexo.

Os prazos para o início do contrato, que deverá ser assinado pelo vencedor do leilão em 21 de outubro, e para a conclusão das obras, até 2014, são considerados exequíveis para a iniciativa privada, de acordo com Benito Gama. “Seria complicado para o governo por questões orçamentárias. Mas agora  tratado como prioridade passando para a iniciativa privada, acredito que poderá ser entregue até mesmo antes do prazo final”, conclui.

Entre os interessados, está o grupo carioca MPE, que atua há cerca de 24 anos na manutenção de aeroportos, como o Galeão, Santos Dumont, Cumbica, Manaus, entre outros em todo país; com  prestação de serviços para a Petrobras – uma das principais fontes de receita do grupo – além de atividades nas áreas de engenharia, montagem e agronegócios

Por ser a privatização do projeto a primeira do Brasil para o setor aeroportuário, com vistas a realização do Campeonato Mundial de Futebol de 2014,  o presidente do grupo MPE Renato Abreu, espera uma concorrência acirrada, com até oito empresas disputando de forma direta. “Como esse é o primeiro a ser feito nesse formato estamos com interesse para sentir o termômetro do mercado. Como o Nordeste é um forte pólo turístico, mais próximo a Europa, a tendência é de crescimento e fomento do turismo e  do fluxo de passageiros nos próximos anos”, ressalta. Ele não descarta a possibilidade de  incorporar outros dois grupos para concorrer como concessionaria.

Há mais de um ano, explica o presidente do grupo MPE, que investidores acompanham a possibilidade de a iniciativa privada passar a investir no setor. “Mesmo sem o edital, já tínhamos o espírito desse documento e sabíamos das exigências. Por isso, os prazos e  valores poderão ser executados”, disse   Renato Abreu. O grupo espera entregar com até seis meses de antecedência o terminal, caso arremate o projeto.

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