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Demora na mudança traz prejuízos

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A demora na mudança de classificação do Rio Grande do Norte quanto à febre aftosa – de área de risco médio da doença pra livre com vacinação – continua trazendo prejuízos para os negócios na pecuária. Embora a realidade seja bem melhor do que quando o estado era uma área de risco desconhecido, os criadores ainda trabalham puxando as rédeas. Um exemplo disso é a Festa do Boi, que será realizada em outubro.

Realizadores de leilão de Guzerá no ano passado optaram por evento menor já que quarentena obrigatória prejudicou animaisPara a região Nordeste, a comercialização de animais poderá ser feita sem nenhuma burocracia porque, todos os estados gozam do mesmo status sanitário. Porém, as vendas para o Sudeste e Sul continuam limitadas à necessidade de uma quarentena: o animal fica um período em observação para checar sua saúde, e é liberado depois de receber as guias de trânsito comprovando que está tudo bem.

O problema é que quem comprou no ano passado teve prejuízos. Como o processo é burocrático, alguns animais vendidos só entraram em quarentena no mês de novembro. “Houve criador de Minas Gerais que só recebeu o que arrematou no leilão de outubro em meados de janeiro. Os animais estavam magros, debilitados pelo tempo de isolamento”, explicou à TRIBUNA DO NORTE um criador que conhece os negócios realizados na feira.

Segundo a fonte, os organizadores do leilão da raça Guzerá – que após um mega evento elogiado pela qualidade dos animais acabaram “passando vergonha” com a situação – resolveram que este ano não realizarão mais o pregão isolados. Farão um leilão menor, juntamente com os criadores de Nelore.

Vacinação

Os próximos passos para a mudança de status dos estados do Nordeste relação à aftosa, dependem do Ministério da Agricultura. O Instituto de Defesa Agropecuária do RN (Idiarn) ainda não foi informado se para a segunda etapa da vacinação que começará em setembro, serão feitos os testes de sorologia animal nas quase 900 mil cabeças que compõem o rebanho.

Enquanto isso, o órgão se prepara para iniciar o segundo ciclo de vacinações do rebanho potiguar. “Esperamos superar os 90% do primeiro ciclo. Para essa segunda fase nosso objetivo é vacinar 92% do rebanho do estado”, avalia a diretora de defesa e inspeção animal do Idiarn, Tereza Cristina de Farias.

Tereza afirma que a próxima etapa da vacinação é mais difícil devido a estiagem. “Entre setembro e outubro é mais difícil de vacinar o rebanho devido a estiagem. Muitos criadores soltam o rebanho em pastos maiores, dificultando o trabalho”. Os criadores de gado são responsáveis pela compra da vacina contra a aftosa que custa entre R$ 1,50 e R$ 1,75 cada. Após aplicar a vacina, o criador deve procurar a Emater ou o Idiarn para fazer a declaração de vacinação.

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