O Departamento de Estradas e Rodagens ainda não tem data definida para entregar o projeto paisagístico da obra de adequação da Via Costeira. O prazo máximo para o órgão entregar o projeto paisagístico e as ações de impacto ambiental é de 13 dias.
O diretor geral do DER, Jáder Torres, disse que ainda não sabe quando poderá entregar o material, mas garante que o prazo dado pela SEMURB será cumprido. “Vamos entregar nesses 15 dias. Só ainda não sei quando exatamente”, comentou.
Questionado sobre o porquê do DER não ter providenciado o estudo de impacto ambiental antes de iniciar a obra, Jáder Torres disse que o entendimento do órgão é diferente da SEMURB. “A Via Costeira é uma rodovia do DER, achávamos que não era preciso esse estudo. Mas a SEMURB pensa diferente”, completou. A secretária municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Ana Mirian Machado, disse que o órgão aguarda a apresentação do projeto para avaliar se a obra poderá ser retomada. “Recebemos hoje (ontem) uma comunicação do DER afirmando que estava providenciando o projeto”, detalhou a secretária.
Jáder Torres confirmou que o projeto paisagístico começou a ser feito pelos próprios técnicos do DER. Mesmo com toda a polêmica envolvendo a retirada dos coqueiros ao longo da Via Costeira e da ciclovia, o diretor geral confirmou: “Essa obra é irreversível. Será boa para melhorar o trânsito e para dar mais segurança. Toda obra tem gente contra e gente favorável”.
A obra iniciada pelo DER na Via Costeira foi embargada na última sexta-feira, quando os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo estiveram no local e constataram que o trabalho estava sendo realizado sem qualquer projeto de impacto ambiental e paisagístico.
A “adequação da Via Costeira”, como está sendo chamada a construção de um canteiro central na rodovia, custará aos cofres públicos R$ 6 milhões e deverá ser concluída em dois meses e meio.
Atualmente, a via possui 11 metros de largura para passagem dos veículos, que têm quatro pistas de rolamento. Com a obra, serão 16 metros na largura. Na prática, não aumentará o número de pistas de rolamento, mas com o canteiro central os motoristas terão mais segurança.
No entanto, todo projeto está sendo feito às custas da retirada da ciclovia e dos coqueiros da Via Costeira. Teoricamente, a segunda etapa do projeto é a construção de uma ciclovia ao lado do Parque das Dunas. Mas não há qualquer previsão para o início desta segunda etapa.
