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DER/RN avalia elevar altura de trecho alagado na Rota do Sol

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O Departamento de Estradas de Rodagens do Rio Grande do Norte (DER/RN) estuda a possibilidade de elevar parte da pista da Rota do Sol para resolver o problema de alagamento recorrente no local durante o período chuvoso. De acordo com o presidente do Departamento, Manoel Marques, atualmente o DER e a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) trabalham em conjunto para tentar garantir a drenagem do local, mas os esforços não são capazes de retirar a totalidade da água e, de acordo com o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), não é incomum que veículos acabem quebrando ao tentar passar pelas poças em dias de chuva mais intensa, como ocorreu ao longo do fim de semana passado. 
Imagem aérea, exclusiva da TRIBUNA DO NORTE, mostra que área de alagamento na rodovia se estende de uma margem à outra
#SAIBAMAIS#De acordo com a Caern e o DER, a solução definitiva para a situação da região, e que pretende resolver boa parte dos problemas de alagamento da zona Sul da cidade, está na conclusão da obra da Estação de Tratamento de Esgotos do Guarapes, a ETE Guarapes, prevista para ser entregue apenas em 2022.
Segundo o comandante do CPRE, Tenente-Coronel Manoel Kennedy, os alagamentos não chegaram a provocar um aumento dos acidentes no local, mas há registros de veículos que acabam “ficando” ao tentar passar pelas áreas inundadas. “Como o nível da água fica muito alto, alguns veículos mais baixos tentam passar e acabam ficando. Surpreendentemente, não há registro de aumento de acidentes mas, como em toda área alagada, acaba gerando esse efeito. Lá é mais visível porque o fluxo de carros é grande”, explicou o comandante. No último fim de semana, imagens aéreas registraram engarrafamentos na região em virtude do alagamento.
O engenheiro Manoel Marques, que está à frente do DER, disse que aquela região possuía cerca de três lagoas, uma das quais transborda quando as chuvas ficam mais intensas, avançando para a pista. “Na verdade, por aquela ser uma região de dunas, boa parte é absorvida pelo lençol freático, e a Caern está bombeando direto ali, mas mesmo assim acaba não sendo suficiente”, explicou. 
Conforme disse, a solução definitiva está na conclusão das obras da ETE do Guarapes. “Infelizmente o Governo passado não foi capaz de entregar a obra da Estação de Tratamento do Guarapes, que seria a única solução definitiva, porque a água das lagoas da Caern que hoje sobrecarrega aquela área seria aportada para lá”, frisou Manoel Marques. 
Solução definitiva para o problema que ressurge a cada estação chuvosa está em outra obra
Obras
Até julho deste ano, Natal contava com 51% de disponibilidade de coleta e tratamento de esgoto. Há duas grandes obras em curso pela Caern na capital potiguar que pretendem resolver parte dos problemas da rede: a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da zona Norte, a ETE Jaguaribe, que está com 76% de sua obra concluída, e que teve a entrega adiada do fim de 2020 para o início de 2021 em virtude da pandemia; e a ETE Guarapes, que pretende atender principalmente a zona Sul, prevista apenas para 2022 e com cerca de 10% das obra concluída. 
De acordo com a Caern, Natal só ficará completamente coberta por serviço de esgotamento sanitário quando as duas obras estiverem totalmente concluídas. Isso porque, apesar de já ter 85% de suas redes instaladas, o esgoto precisa ter as Estações de Tratamento em funcionamento para poder ser transportado. “Ele precisa ser tratado, você não pode colocar nem esgoto na rede que está instalada sem ter como levar para uma ETE, porque isso acarreta inclusive em crime ambiental”, esclareceu a Caern, por meio da assessoria de imprensa.
Conforme a Caern, os alagamentos só irão parar quando a ETE do Guarapes entrar em operação
Foi ressaltado, ainda, que “a pandemia impactou de forma significativa todas as obras”, o que é um dos motivos que levou os gestores a pensarem em soluções temporárias para evitar o prejuízo à população enquanto as Estações não são concluídas.
De acordo com Manoel Marques, o DER ainda não está decidido quanto à elevação da pista da Rota do Sol, mas essa é uma das possibilidades que está em estudo.
“A solução imediata que encontramos é de elevar a estrada. Estamos vendo as possibilidades e estudando com cuidado o que vai ser feito”, declarou. A ideia seria aterrar a pista imediatamente e, com o término do período chuvoso de 2020, completar a pista para o nível mais elevado, acima do volume que a água costuma ficar na pista. 
“A outra possibilidade seria aumentarmos o bombeamento ali, e levar aquela água para algum outro lugar. Sabemos também que o problema dos alagamentos não é exclusivo daquela área, por isso tudo tem que ser estudado antes de uma decisão ser tomada”, complementou. De acordo com Manoel Marques, a obra de elevação custaria no máximo R$ 2 milhões, considerando a área a ser elevada (cerca de 1km) em uma pista duplicada. A obra seria feita por meio de processo emergencial. 
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